Xiaomi cola na Apple na 3ª posição no mercado de smartphones
Com o fechamento do trimestre e a divulgação dos balancetes, as consultorias estão começando a revelar os números de participação de mercado de smartphones. Nesta quarta-feira (31), a IDC divulgou o seu relatório que aponta que os envios de smartphones caíram 2,3% no segundo trimestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano anterior.
Do total de 333,2 milhões de smartphones enviados, a Samsung lidera com 22,7% de fatia de mercado, com um crescimento de 5,5% ano a ano. Em compensação, a marca perdeu 0,4% de mercado se comparado com os números do primeiro trimestre.
Logo atrás vem a Huawei, com 17,6% de participação e um crescimento mais expressivo, de 8,3% em relação ao mesmo período de 2018. Também houve uma pequena queda, de 1,4%, se olharmos para os números dos três primeiros meses deste ano – em razão, principalmente, das restrições impostas pelos Estados Unidos.
A terceira colocação em envios permanece com a Apple, que assumiu esse posto no segundo trimestre de 2018 e que vem sofrendo sucessivas quedas nas vendas de iPhone. Neste trimestre, a empresa da maçã teve um baque forte nas vendas de celulares, embora tenha registrado mais faturamento em serviços. De acordo com os dados da IDC, a empresa tem 10,1% do mercado de smartphones, com uma queda de 18,2% ano a ano. No trimestre passado, a participação de mercado era de 11,7%.
Esses números colocam a Xiaomi apenas alguns décimos atrás da empresa norte americana, com 9,7% da fatia. Porém, a fabricante chinesa não cresceu em relação ao mesmo período do ano passado – na verdade, registou 0,2% de queda. Em compensação, melhorou sua participação se olharmos para os números do primeiro trimestre de 2019, quando tinha 8% do bolo.
A Xiaomi pode até ter motivos para comemorar e se enxergar colada na terceira posição de um dos mercados mais competitivos que há. Mas os números podem dizer mais sobre a Apple do que a companhia chinesa.
De acordo com o próprio comunicado à imprensa da IDC, a Apple diminuiu consideravelmente o envio de novos iPhones, mas tem conseguido aumentar a base de usuários do iOS. Esse movimento está relacionado com o programa de troca da companhia, que permite transacionar modelos antigos por mais novos, além da política de venda de aparelhos recondicionados.
Ao oferecer opções mais baratas para os usuários, a empresa pode não vender o mesmo volume de novos dispositivos, mas consegue manter seus usuários e crescer a base com produtos mais baratos – além de manter a estratégia de ecossistema completo que muitas vezes prende os usuários pela comodidade.
A Xiaomi, por sua vez, teve dificuldade de crescer mais justamente pelo sucesso da Huawei. A China é um mercado chave para ambas as marcas e, nos últimos trimestres, a fabricante do P30 Pro obteve mais sucesso. No entanto, a Xiaomi tem planos ambiciosos em mercados como a Índia e, no mundo todo, continua expandindo suas lojas físicas – inclusive no Brasil, por meio da parceria com a importadora DL. Nesta quinta-feira (1º) a marca anunciou planos de uma nova loja no Brasil.
[IDC]