Xperia X10 mini, um Android para quem tem bolso pequeno

  Sabe aquele bolso menor que tem dentro do bolso normal em várias calças jeans? Eu, e possivelmente você, nunca vi utilidade para ele. Mas a Sony Ericsson decidiu dar uma razão para a existência daquela costura, com o minúsculo Xperia X10 mini, um dos menores smartphones que eu já vi e que já tem o selo de “o menor Android do mundo”. E o bom é que não é só nesse sentido que ele cabe no bolso.

Sabe aquele bolso menor que tem dentro do bolso normal em várias calças jeans? Eu, e possivelmente você, nunca vi utilidade para ele. Mas a Sony Ericsson decidiu dar uma razão para a existência daquela costura, com o minúsculo Xperia X10 mini, um dos menores smartphones que eu já vi e que já tem o selo de “o menor Android do mundo”. E o bom é que não é só nesse sentido que ele cabe no bolso.

Não é a primeira vez que nós vemos celulares ganhando versões “mini”, mas esse é o primeiro que faz jus ao nome: a versão original, o Xperia X10, tem tela de 4 polegadas e mede 11,9 por 6,3 por 1,3 centímetros. O mini diminuiu a tela para 2,6” e o corpinho enxuto tem 8 por 5 por 1,6 centímetros – para encolher tanto, ele teve que dar uma engordadinha. O Felipe Maia, da Info, fotografou os dois lado a lado. O formato segue o estilo “curvatura humana” que a Sony Ericsson colocou no Xperia X10 e no Vivaz, com a parte traseira arredondada, para encaixar direito na mão. Pode parecer maldade, mas não é, juro: ele lembra alguns celulares xing lings minúsculos que eu já vi por aí. Mas claro, com melhor acabamento.

E não foi necessário podar a configuração do Xperia X10 para enfiá-la no mini. O processador não é um Snapdragon de 1 GHz, mas um Qualcomm MSM7227 de 600 MHz, mais do que o Motorola Milestone, por exemplo. (Atualização: como reparou bem o leitor falvesc, o processador do X10 mini é da família ARM11, anterior ao ARM Cortex A8 do Milestone. Ou seja, apesar de ter mais hertz, isso não significa obrigatoriamente que ele é mais veloz). Ele aceita até 16 GB via microSD – ufa, nada de M2 – e já vem com um cartão de 4 GB e a câmera tem 5 megapixels, mas as primeiras fotos tiradas não foram empolgantes. O único número realmente fraco são os 128 MB de memória RAM. O pacote de conexões é completo, com 3G, Wi-Fi, A-GPS e Bluetooth.

Mas deixando os números de lado, eu estava cético em relação ao tamanho do Xperia X10 mini. Com meus dedos grandes, como essa telinha iria se sair? Porém, ela não decepcionou. Com boa sensbilidade ao toque – ela é capacitiva – a Sony Ericsson ainda inventou um bom sistema para resolver o problema de espaço, adicionando quatro abas em cada canto da tela, independente de onde você esteja. Nas músicas, as abas são para abrir a pasta, ou para criar uma lista; na página inicial, são abas para mensagens, música, contatos e ligações. Bem intuitivo. Até escrever mensagens foi simples, mesmo com o teclado virtual alfanumérico.

O único porém é que não dá para fugir do redesenho da Sony Ericsson no Android. Por falta de espaço, e por essa adição de abas, a interface Rachael parece bem necessária nessa telinha. E, por mais que a proposta seja juntar tudo numa coisa só, para você não ter de ficar abrindo vários aplicativos, o redesenho tem seus problemas, que o Pedro já comentou no review do X10. E, claro, ele também retarda a atualização do Android. Aqui ele está na versão 1.6, e o upgrade para o 2.1 será feito apenas no final do ano.

O pessoal da Sony Ericsson disse que o X10 mini faz milagres quando o quesito é bateria, por conta de sua tela diminuta. Eles chegaram a dizer que é o aparelho com maior duração de bateria do portfólio atual da marca. Mas confirmaremos as palavras deles em nossos testes. A única chatice é que a bateria não é removível.

Mas a grande sacada do X10 mini é mergulhar sem medo de ser feliz no mercado de Androids acessíveis. Para ser chamado de mini mesmo, ele não poderia custar 200 reais a menos do que os 1.899 reais do X10, certo? E nisso a Sony Ericsson acertou: o aparelho custará 799 em plano pré-pago e 899 desbloqueado no varejo, a partir do próximo mês. Ou seja, num plano simples de 100 minutos ele pode valer muito a pena. E nós só podemos comemorar: uma disputa de Androids de baixo custo e boa configuração é tudo que nós queríamos. Para completar, a versão Pro do modelo, com apenas o teclado QWERTY em slide de diferença, sai nos próximos meses. E a Sony Ericsson promete que não cobrará caro pela adição.

PS: O comentário do Fanjos me fez lembrar que, sim, a Sony Ericsson tem como público-alvo as mulheres também, tanto que ele terá capinhas substitutas. O celular preto virá com uma capa prata extra e o modelo branco perolado terá uma capinha rosa no pacote. Para completar, ontem, num aniversário de uma amiga, a aprovação do X10 mini em mãos femininas foi de 100%.

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