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Youtubers mirins: como plataforma manipula desejo e influência de crianças

Crianças no YouTube (e assistindo ao YouTube) levantam preocupações com trabalho e publicidade infantil.

Como toda criança passando pela pandemia de covid-19, o período que Rafael Zanoli, 6, passa em frente à tela do celular aumentou. Entre os muitos conteúdos de youtubers mirins e aulas online que assiste, um comportamento que chamou a atenção da mãe Nathielli Zanoli Canuto, 31, diarista, foi que o garoto estava imitando sotaques de outras regiões do País.

“Ele imita o sotaque de alguns youtubers que são mineiros e nordestinos e fica falando como eles no dia a dia. Também reproduz os trejeitos de alguns, além de copiar frases que eles costumam falar nesses canais, como que ‘lavar louça é coisa de pobre’”, conta a mãe do garoto.

Canuto se esforça para explicar que pensamentos como esses ditos pelos youtubers são brincadeiras e não devem ser levados a sério, mas leva como régua para censurar o conteúdo que o pequeno vê apenas quando palavras de baixo calão são ditas. “Não deixo assistir nenhum que fala palavrão. Se tem algum que fala, mando ele tirar na hora”, diz.

Nathielli também acompanha tudo o que o menino assiste dos youtubers mirins ou adultos que produzem conteúdos para crianças. “Ele adora assistir Luccas Neto, Maria Clara & JP, e DUDU e CAROL”, exemplifica.

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