Zeebo baixa e roda Quake em segundos, causa boas impressões nos EUA
Aconteceu, finalmente, a palestra Gaming For The Next Billion, que apresentou o Zeebo para os desenvolvedores na Game Developer’s Conference. O resto do mundo teve, finalmente, a primeira chance de ver o console funcionando ao vivo – comprovando a velocidade do download dos jogos – conhecer as especificações técnicas e ouvir a opinião de membros de grandes desenvolvedoras a respeito da polêmica plataforma.
A palestra foi ilustrada por imagens da Rua 25 de Março, em São Paulo, que foi utilizada para ilustrar o mercado informal brasileiro, tomado como exemplo para o que acontece em países emergentes por todo o mundo. A quantidade de pessoas presentes ali, naquele que é um dos centros comerciais mais movimentados do País, mostraria o potencial do mercado brasileiro. O Zeebo, sua simplicidade e seu esquema de distribuição 3G seriam os heróis daquela situação, inviabilizando a pirataria e fazendo com que o dinheiro gasto em jogos nos países de terceiro mundo finalmente chegasse ao bolso dos desenvolvedores. Ao menos é nisso que John Rizzo, CEO da Zeebo Inc., espera que nós acreditemos.
Rizzo esclareceu que o Zeebo é desenvolvido para a classe média, incapaz de pagar o preço do console mais barato desta geração, o Wii – que sai por US$1000 no Brasil, de acordo com os dados fornecidos na palestra. No entanto, o preço do dólar pode ainda ser inimigo do novo console, afinal, o Zeebo sairá por US$199 dólares no Brasil. Por que, então, comprar o Zeebo e não o PS2, uma máquina mais potente e com uma variedade de jogos imensa? A aposta é na comodidade de comprar jogos sem sair de casa e sem se expor a ambientes nem sempre seguros como aqueles em que os jogos pirata são vendidos. Ok, vamos fingir que você não pode baixar jogos para o PS2 através do seu computador.
No lançamento o Zeebo virá com 5 jogos inclusos: FIFA 2009, Need For Speed Carbon, Prey Evil, Quake e Treino Cerebral. Porém o Zeeboinc.com diz que o console terá 4 jogos instalados e um download gratuito. Provavelmente um dos jogos da lista acima terá que ser baixado após a compra.
Na demonstração ao vivo foi utilizado o modelo de Zeebo para o lançamento brasileiro com um SIM card americano. Depois de uma demora de 30 segundos para conectar-se à loja, Reynaldo Norman, fundador da Zeebo Inc., fez o download ao vivo de Quake. Demorou cerca de 20 segundos para que ele estivesse pronto para jogar. Os jogos terão entre 5 e 50 megabytes.
Norman também demonstrou o processo de exclusão de jogos. O popup anunciava que, caso você apagasse um jogo da memória do Zeebo, você teria que comprá-lo novamente no futuro, um sistema no mínimo ultrapassado. Afinal, já temos diversos sistemas de distribuição digital que permitem que você baixe quantas vezes quiser jogos que foram comprados anteriormente e mesmo iniciativas como a da Blizzard, que permite que seus clientes baixem jogos comprados através de mídias físicas no passado, bastando registrar a sua CD-key no site.
O Zeebo terá 15 jogos no lançamento e espera-se que tenha 30 jogos até 90 dias depois disso. Rizzo diz querer "ter um número pequeno de desenvolvedores, porém com a qualidade máxima". Ele chega ao Brasil em outubro a R$ 599 e tem lançamento previsto no México (2009), Índia e Leste Europeu (2010) e China (2011).
[Via Zeebblog, com informações do UOL Jogos e do site oficial da GDC