A missão internacional para fazer Bao Bao, a panda, transar

Panda deixou os Estados Unidos a caminho da China, onde um namorado a espera para seguir o esforço de procriação da espécie em extinção

Bao Bao, a panda gigante, está a caminho da China, e o diretor do Smithsonian National Zoo de Washington, DC, Dennis Kelly, tem apenas uma coisa na cabeça: sexo gostoso entre pandas.

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“O retorno de Bao Bao, como o ministro disse, é importante porque ela terá um namorado”, Kelly contou a repórteres, durante entrevista coletiva na manhã de quarta-feira (22). Ele não é o único com a mente suja. Brandie Smith, diretora-adjunta para ciências de cuidados dos animais do zoológico, esteve lá quando Bao Bao nasceu. Mas ela não mediu as palavras ao falar com a ABC News, afirmando: “Eu quero que ela faça vários filhotes”.

Com toda essa pressão, é fácil entender por que os pandas “têm medo de palco” na “cama”. “Todo nascimento é importante”, disse Kelly. “Existem apenas 1.800 pandas na natureza, 400 sob cuidados humanos.”

Procriar os vulneráveis urso é incrivelmente difícil por várias razões, a maior delas sendo o fato de que as pandas fêmeas ovulam apenas uma vez por ano, e não dá para contar sempre com os machos quando é a hora certa.

A inseminação artificial é complicada pelo fato de que não sabemos notar quando uma panda está grávida, porque não sabemos qual hormônio sinaliza que tem um pãozinho novo no forno. Rastrear uma gravidez é ainda mais complicado pelo fato de que as fezes podem ser confundidas com fetos minúsculos de panda no ultrassom. Além de todos esses problemas, a duração da gravidez varia. Se um “falso positivo” aparece, os médicos precisam começar o processo de procriação tudo de novo.

Bao Bao nasceu no Smithsonian National Zoo em 23 de agosto de 2013, após sua mãe, Mei Xiang, ser inseminada artificialmente. Pouco mais de um mês depois, ela se viu em uma controvérsia política quando o Congresso não conseguia se organizar e o governo brevemente “fechou”. A famosa panda cam do zoológico ficou offline porque todos os programas federais “não essenciais” tiveram que ser suspensos. A ira irrompeu em toda a nação, e as pessoas perceberam que existe algo mais patético do que uma panda que é preguiçosa demais para transar — o Poder Legislativo do governo norte-americano.

Por causa de um complicado acordo diplomático, todos os pandas pertencem à China, e os chineses podem basicamente levar os bichanos quando quiserem. Então, embora ela seja uma cidadã norte-americana que nasceu nos Estados Unidos, Bao Bao foi mandada em um voo de 16 horas para o Centro de Conservação e Pesquisa da China.

Ela pode ter conquistado nosso coração, mas no fim das contas pertence a outro. E está na hora de ela transar.

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