O que “De Volta Para o Futuro” disse que teríamos em 2015 e o que realmente temos

Algumas coisa que De Volta Para o Futuro previu para 2015 e realmente existem - ou ainda não surgiram.

Marty McFly chega hoje de 1985 para dar uma rápida passada pelo nosso ano de 2015. Não é novidade nenhuma que o mundo atual não é exatamente parecido com o que foi previsto pelos produtores de De Volta Para o Futuro II lá em 1989, mas é impressionante como algumas das coisas do filme realmente se tornaram realidade, enquanto outras parecem estar próximas de se tornar.

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Em De Volta Para o Futuro II, Marty McFly e o Doc Emmet Brown viajaram de 1985 para o dia 21 de outubro de 2015, chegando ao nosso ano às 16h29 do horário local da cidade de Hill Valley, no estado da Califórnia, nos EUA. Lá, o jovem McFly encontrou um mundo com carros voadores, hoverboards, táxis pagos via impressão digital, hologramas, sapatos que amarram sozinho e jaquetas que se ajustam automaticamente ao seu corpo, além de se secarem quando estão molhadas.

O que disso nós já temos, o que ainda teremos e o que provavelmente não teremos tão cedo?

Hoverboard

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Um skate sem rodas: pule em cima de uma prancha flutuante e ande por aí sem precisar se esforçar demais. Talvez seja a coisa mais legal vista no filme, e ainda é algo que estamos tentando fazer virar realidade. Não são poucos os projetos de hoverboard que temos por aí.

A Lexus está desenvolvendo um que é real, mas não tão simples quando parece, e enfrentou problemas como o fato de não flutuar o suficiente e ainda precisa de uma pista especial para ser usado. O mesmo acontece com o projeto Hendo 2, que agora tem a ajuda do skatista Tony Hawk para chegar ao hoverboard dos sonhos.

Esse talvez seja o grande obstáculo para que se tornem reais: atualmente, eles precisariam da construção de toda uma infraestrutura própria para poder ser adotados em grande escala nas grandes cidades. Na Hill Valley do filme, Marty conseguia flutuar por onde quisesse.

Carros voadores

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Talvez seja melhor esquecer esse sonho. Os carros voadores são desejados há cerca de um século pela humanidade, mas parecem cada vez mais distantes. Como falamos em maio, o principal problema deles é a segurança.

Existem projetos por aí, mas nenhum parece estar próximo de se tornar realidade – a Terrafugia Transition, por exemplo, tem autorização para testar esses veículos desde 2011, e mesmo assim promete sempre que eles serão lançados “daqui a dois anos”.

A verdade é que provavelmente não precisaremos dos carros voadores. Em vez de colocar seres humanos em uma máquina ainda mais perigosa do que carros normais, o que estamos tentando fazer agora é tirar das pessoas o controle do carro com os diversos projetos de carros autônomos.

Pepsi Perfect

Marty tem uma tarefa quando chega a 2015: ir até a lanchonete temática dos anos 80 e pedir uma Pepsi. Ele pediu e recebeu a Pepsi Perfect, que tem uma garrafa diferente da que estávamos acostumados a ver em 1985.

A Pepsi Perfect será lançada em versão limitada e terá como única diferença a garrafa, que será parecida com a do filme. O líquido será o mesmo. Ah, claro, o preço não é o mesmo, e cada uma das garrafas será vendida por US$ 20,15.

Eu acho que a situação atual dos refrigerantes em 2015 está muito boa, e não precisamos de nenhuma garrafa especial custando mais de 20 dólares.

Cadarços que se amarram sozinhos

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A Nike anunciou o Air Mag, o tênis de De Volta Para o Futuro II, em 2011. Mas ele não se amarrava sozinho, e essa era a melhor parte do tênis usado por Marty. No entanto, o sonho não acabou.

No ano passado, a Nike voltou a prometer os calçados com o power lace, o cadarço que se amarra sozinho. Ela voltou a falar sobre o tênis no começo de 2015, prometendo que eles chegariam às lojas até o fim do ano. E até agora, nada.

Talvez hoje seja o dia? Pode ser. Mas, se for, estará atrasado: o Marty McFly que chegar a 2015 precisará amarrar seus sapatos por conta própria como faziam nossos antepassados em 1985.

Chicago Cubs campeões de beisebol

Ok, essa é fantástica: no ano de 2015 de De Volta Para o Futuro, os Chicago Cubs eram os campeões da World Series de beisebol. No começo do ano, Bob Gale, roteirista do filme, disse que incluiu o título dos Cubs como forma de tirar sarro do time.

O time de Chicago não é campeão da World Series desde 1908. Isso mesmo, são mais de 106 anos sem conquistar o título mais importante do beisebol norte-americano.

Os Cubs estão na final da Liga Nacional dos EUA. No momento eles enfrentam os New York Mets pelo direito de disputar a final da 2015 World Series. Os primeiros resultados não foram os melhores: os Mets saíram vitoriosos nas três primeiras partidas da série.

Pode ser que, em algumas semanas, os Cubs sejam campeões de beisebol – como já havia sido previsto em 1989. Eles só precisam ganhar as próximas quatro da série de sete.

Táxis e pagamentos com digitais

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No filme, Biff Tannen pagou um táxi usando apenas o seu dedo, com um leitor de digitais. E não é que temos isso atualmente? Pelo menos nos EUA, onde o Apple Pay funciona: usando apenas o dedo e o leitor de digitais do iPhone, é possível pagar serviços como Uber, Lyft e alguns táxis que usam aplicativos.

Não temos isso exatamente no Brasil, mas é possível nem tirar a carteira do bolso para pagar táxi em alguns desses serviços que aceitam pagamento pelo próprio aplicativo. É um cenário que devemos ver com mais frequência daqui para a frente.

E outras coisas

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Algumas tecnologias que estão ganhando força apareceram sem muito destaque no filme. Claro que, hoje, elas funcionam de maneira diferente, mas o conceito é o mesmo encontrado no filme.

Marty Jr usa por alguns momentos um headset que pode tanto ser algo como o Google Glass quando um dispositivo de realidade virtual como o Oculus Rift. A casa dos McFly é toda automatizada: um leitor de digitais fica no lugar da maçaneta da porta, é possível fazer videochamadas pela TV e até pagar coisas com cartão de crédito.

São coisas que podemos fazer hoje em dia; não estão tão presentes na vida das pessoas em 2015 como dava a entender o filme, mas, ainda assim, existem. Por outro lado, a casa dos McFly tem aparelhos de fax espalhados por todos os cantos – isso, definitivamente, ficou no passado.

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Podemos dizer que De Volta Para o Futuro II acertou bastante sobre como viveríamos em 2015 (apesar de ter deixado de lado uma coisa fundamental, que é a internet), mas, no geral, parece que os produtores superestimaram um pouco o desenvolvimento tecnológico. Carros voadores, pizzas que se hidratam e ficam prontas em segundos, hologramas espalhados pelas cidades e roupas que se ajustam automaticamente parecem estar longe de existir, enquanto algumas outras coisas estão perto, mas ainda não são reais.

Claro, este é um filme de ficção científica e que não tinha pretensão nenhuma de adivinhar o futuro. É verdade! E é incrível como esse filme de 1989 ainda consegue fascinar tanto a ponto de querermos que aquelas coisas lá mostradas se tornem realidade. E é engraçado ver como, de certa forma, o filme incentivou o desenvolvimento de algumas dessas tecnologias – eu tenho certeza que os hoverboards só existem por causa de De Volta Para o Futuro II.

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