Um modelo esquecido de Einstein descreve o Big Crunch

Lá em 1931, Albert Einstein visitou os EUA por três meses. Inspirado por encontros com Edwin Hubble, ele começou a pensar sobre o Universo de uma maneira diferente, escrevendo um artigo em quatro dias para fixar seus pensamentos — e agora, estes manuscritos foram traduzidos para o inglês pela primeira vez. “Sobre o problema cosmológico […]

Lá em 1931, Albert Einstein visitou os EUA por três meses. Inspirado por encontros com Edwin Hubble, ele começou a pensar sobre o Universo de uma maneira diferente, escrevendo um artigo em quatro dias para fixar seus pensamentos — e agora, estes manuscritos foram traduzidos para o inglês pela primeira vez.

Sobre o problema cosmológico da teoria geral da relatividade” explica um modelo de universo que primeiro se expande e depois contrai, com uma singularidade no começo e no fim. Em outras palavras, um Big Bang seguido de um Big Crunch.

Um precursor do trabalho publicado por Einstein e pelo matemático Willem de Sitter em 1932, este artigo é uma peça vital no pensamento. O blog arXiv explica que ele dá uma boa visão do trabalho de um físico feito às pressas:

Ele presume um universo no qual o tecido do espaço-tempo tem uma curvatura positiva. Isso foi necessário no modelo estacionário do universo de Einstein. Mas depois ele descobriu que isso era desnecessário num modelo em expansão, que podia ter uma curvatura positiva, negativa ou ser plano. De fato, a possibilidade de o universo ser plano era uma das coisas que estavam no modelo Einstein-de Sitter publicado um ano depois.

Um dos aspectos mais interessantes é que Einstein usa este modelo para calcular o tamanho do universo, que ele coloca em cerca de 10^8 anos-luz ou 9,5×10^25 centímetros de raio (muitas ordens de grandeza menor do que as estimativas de hoje).

Para fazer este cálculo, ele estima que a idade do universo é cerca de 10 bilhões de anos. (O consenso atual é que o universo tem cerca de 14 bilhões de anos de idade).

Além disso, é bem engraçado Einstein estar com tanta pressa que ele errou até a grafia do nome Hubble. Bem, não dá pra ser um gênio todo o tempo, né? Dê uma lida no artigo aqui. [arXiv via arXiv Blog]

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