Google Glass ganha vida nova com o Project Aura

O Glass agora se chama Project Aura, e o Google vem contratando engenheiros e desenvolvedores que trabalhavam na Amazon.

O Google Glass deixou de ser vendido para consumidores este ano: a empresa quer refazê-lo do zero, e não vai revelá-lo até que esteja realmente pronto. E parece que foi criado um novo grupo, chamado Project Aura, para garantir que isso aconteça.

Segundo o Wall Street Journal, o Glass agora se chama Project Aura, e o Google vem contratando engenheiros, desenvolvedores de software e gerentes de projeto do Lab126, a divisão de pesquisa e desenvolvimento da Amazon. (O Lab126, que é focado em projetos de hardware, recentemente demitiu funcionários após o fracasso do Fire Phone.)

Dmitry Svetlov, ex-Amazon que se juntou ao Project Aura em agosto, descreveu o projeto como “Glass e além” em seu perfil no LinkedIn, e diz que a equipe está “criando wearables bacanas”.

Enquanto isso, o ex-engenheiro-chefe do Glass, Adrian Wong – que havia deixado o Google para trabalhar na Oculus, do Facebook – voltou à empresa em junho. No LinkedIn, ele diz que “G significa Gadgets, Glasses e Goggles”, sugerindo que ele também está envolvido no Project Aura.

O projeto é comandado por Ivy Ross, a mesma executiva responsável pelo Glass desde o ano passado. Ela responde diretamente a Tony Fadell, que comanda a Nest, empresa adquirida pelo Google que produz dispositivos para casas conectadas.

De acordo com o Business Insider, o Project Aura permanecerá dentro do Google, ao invés de ser uma subsidiária na nova estrutura Alphabet. Dessa forma, eles poderão colaborar mais de perto com projetos como o Cardboard (realidade virtual) e Soli (que permite controlar gadgets através de gestos simples).

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O Glass original foi posto à venda em 2013 e estava disponível apenas para desenvolvedores. Depois, ele foi aberto ao público por US$ 1.500. O dispositivo acabou sofrendo duras críticas relacionadas a sua utilidade, à privacidade e ao comportamento de certos usuários (os “Glassholes”).

Fontes disseram anteriormente ao New York Times que o Google Glass deveria ter sido um projeto secreto, sem testes públicos até que estivesse pronto – mas Sergey Brin, cofundador do Google, não deixou isso acontecer.

De fato, Astro Teller – responsável pelo Google X – disse durante o evento South by Southwest que a empresa falhou na divulgação do projeto, ao chamar muita atenção para algo que ainda era um protótipo.

O Google Glass ainda é vendido para empresas e desenvolvedores; a versão para consumidores deve chegar apenas no ano que vem.

[Wall Street Journal e Business Insider]

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