[Hands-on] Novo Google Cardboard: realidade virtual um pouco maior e um pouco melhor
O Google Cardboard é um dispositivo simples – ainda feito de papelão, ao contrário do que diziam os rumores – que usa seu smartphone para colocar você em um mundo de realidade virtual. Ele ganhou uma nova versão, que é maior e melhor do que nunca.
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O que mudou? De uma perspectiva “isto vai avançar o estado atual da realidade virtual?”, não muito. Ele ainda é apenas um pedaço de papelão sem câmeras, rastreadores de posição, nem mesmo uma alça para prendê-lo à cabeça.
O que ele tem agora, no entanto, é uma moldura maior e mais grossa de papelão que é muito mais durável, e que segura smartphones de até seis polegadas, com lentes maiores para compensar a tela maior. Ah, e ele também tem um botão feito de papelão – não há necessidade de ímãs nem metal.
Como funciona um botão de papelão? É bem legal: você pressiona uma aba que está ligada a uma almofada condutora, que faz contato com a touchscreen do seu celular. O material condutor se estende até a ponta do dedo, então você está basicamente completando um circuito – da mesma forma que você faz ao tocar na tela.
Ah, e há um QR code na parte inferior: basta escaneá-lo com o smartphone para que as experiências de realidade virtual feitas com o SDK do Cardboard sejam ajustadas automaticamente.
A nova versão do Cardboard oferece uma experiência muito parecida com o original, o que é na maior parte algo bom. Se você já usou o app com uma versão anterior do Cardboard, você só precisa ir até as configurações e escanear o código QR da nova versão.
Basta colocar seu smartphone, alinhá-lo corretamente, e você está pronto para usar. Descobri que ele encaixa sem problemas tanto o meu Nexus 6 como um Moto X de primeira geração com 4,7 polegadas. A versão anterior do Cardboard era definitivamente muito pequena para acomodar o Nexus 6.
Colocando o Nexus 6 no Cardboard
As mudanças aqui foram incrementais. As lentes são maiores e parecem ter uma qualidade ligeiramente melhor do que na versão anterior, mas na prática isso não faz tanta diferença em termos de imagens. A maior diferença é que o novo botão capacitivo funciona de forma bem mais consistente do que o sistema magnético da versão anterior. Só estou um pouco preocupado que o mecanismo possa enfraquecer ao longo do tempo – afinal, trata-se de uma dobradiça de papelão!
Há definitivamente algumas coisas que precisam ser melhoradas, no entanto. Por exemplo, é preciso haver uma maneira mais fácil de alternar entre apps de terceiros sem retirar o smartphone do Cardboard.
Por enquanto, é preciso fechar o app manualmente (o que muitas vezes não é fácil), e depois encontrar e abrir outro app, e em seguida colocar o celular de volta no Cardboard. O app Cardboard lista os apps que você tem disponíveis, mas você não pode acessá-los enquanto estiver usando o headset. É bem irritante.
Além disso, alguns apps não se ajustaram para o novo visualizador e davam visão dupla. O jogo Lamper-Dive, por exemplo, produziu uma visão dupla tão ruim que era totalmente impossível de jogar. Esses apps eram minoria, no entanto: o bizarro app do Adult Swim parecia ótimo, assim como o assustador Insidious 3.
Estamos muito contentes em ver que o Google continua a dar apoio para o Cardboard, e queremos mais. Eu quero que seja mais fácil alternar entre apps; e sim, eu quero ser capaz de prendê-lo no meu rosto, poxa! Ainda assim, ele é muito emocionante, e o programa Expeditions – que levará o Cardboard para salas de aula – parece incrível.
Lado a lado: Cardboard novo (maior) e antigo
Colaborou: Brent Rose.