[Hands-on] Novo Samsung Gear VR e Netflix em realidade virtual

A Oculus fez uma conferência bem interessante ontem. Eis o que achamos do novo Samsung Gear VR e do app da Netflix para realidade virtual.

A Oculus anunciou várias coisas interessantes na sua conferência para desenvolvedores realizada ontem, como apps de streaming de vídeo como a Netflix, e também uma nova versão do Samsung Gear VR que será vendido por US$ 100. Nós testamos essas novidades – aqui estão as nossas primeiras impressões.

Novo Samsung Gear VR

Depois de usar um pouco o novo headset de realidade virtual da Samsung e da Oculus, acredito que enfim temos um gadget capaz de levar a realidade virtual para o grande público – ou quase.

O foco do novo Gear VR é aumentar o conforto, diz Jim Willson, diretor de produtos imersivos e realidade virtual da Samsung. Isso começa com a diminuição do peso do headset. Essa versão é 22% mais leve do que o Innovator Edition (vendido por US$ 200), graças a um design simplificado que substitui peças de plástico por tecidos e malhas.

Também há algumas mudanças interessantes de materiais: em vez de usar uma espuma dura na parte em que os óculos encontram seu rosto, uma segunda camada de estofamento macio foi adicionada – isso faz parecer que você está usando um daqueles cobertores de bebês ultra-confortáveis. Essa pequena diferença em textura melhora a experiência tátil, e também reduz a sensação de que o headset vai cair da sua cabeça.

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O conforto adicional é muito bem-vindo, mas não é a única novidade técnica: o touchpad ganhou truques que ajudam a guiar seus dedos em todas as direções, algo que é muito útil considerando que você não vê o que está tocando. Isso também vai diminuir a curva de aprendizado, diz Tom Harding, diretor de produtos imersivos e VR na Samsung. “Queríamos garantir de uma perspectiva de realidade virtual mobile que o aparelho é intuitivo de usar.”

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Mas o mais importante talvez seja o fato de que o novo Gear VR foi projetado para ser compatível com mais smartphones – mesmo que ainda restritos aos da Samsung. O Galaxy Note 5, Galaxy S6 Edge, S6 Edge+ e S6 podem ser colocados no headset ajustável. Então vai diminuir o número de pessoas que deixa de comprar um por não ter o dispositivo ideal – ainda que qualquer usuário de smartphone de outra marca fique de fora da brincadeira.

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O preço baixo – US$ 99 – tem potencial para dar uma balançada em várias indústrias. Além de jogos e entretenimento, a Samsung vê aplicações em campos como educação e organizações sem fins lucrativos – um preço baixo é fundamental para isso. Willson deu um exemplo de cirurgiões que usam o aparelho para ensinar procedimentos médicos complicados.

O timing do lançamento não poderia ser melhor – é um presente perfeito de Natal (ele já estará disponível na Black Friday). Claro, isso considerando que você tenha um smartphone da Samsung. Quem sabe, no fim das contas, ele consegue dar uma ajudinha no crescimento das vendas da Samsung no fim de ano. (Alissa Walker)

Netflix em realidade virtual

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Muita gente acredita que o maior potencial dos dispositivos de realidade virtual está nos jogos, mas os filmes também podem se aproveitar muito bem da tecnologia. O Gear VR ganhou um app da Netflix – e assistir filmes nele faz o mundo real parecer um pouco mais chato.

A imagem acima dá uma boa ideia do que estamos falando aqui. Após colocar o Gear VR Innovator’s Edition na cabeça e passar por algumas telas de configuração, me vi em uma cabana de madeira meio bizarra. Uma rápida olhada para fora da janela à minha esquerda e eu percebi que estava no topo do Everest ou algo assim.

O interior da casa é basicamente um anúncio gigante da Netflix. Acima do que eu chuto que seja uma tela de projeção de 110 polegadas, vemos uma pintura de Bojack Horseman. À minha direita, pôsteres da série Demolidor, e na mesa de centro temos uma revista do Rayburn’s Hotel e um panfleto do Acampamento Firewood, referências às séries Bloodline e Wet Hot American Summer: First Day of Camp.

Mas o que realmente chama a atenção é a TV Netflix. Ela funciona mais ou menos como o Oculus Cinema. Você, o espectador, é basicamente uma cabeça flutuando em um sofá vermelho. Devido às limitações de hardware do Gear VR, você não consegue mover seu corpo, então inclinar para mais perto da tela não serve para nada. Mas você ainda pode olhar em 360 graus.

A interface do Netflix virtual é bem parecida com a encontrada em consoles como o PS4. E, assim como em muitos aplicativos de realidade virtual, seu olhar é o cursor. O Road to VR tem um vídeo bem legal que mostra como isso funciona:

Depois disso, o que você tem é basicamente a Netflix que já conhece e ama, mesmo que tudo ao seu redor no ambiente virtual pareça incrivelmente natural. A única falha que encontrei é que o layout em si – a coisa projetada na tela de 110 polegadas – não parece estar 100% otimizada para controle por visão. Por exemplo, se você olhar para um programa que está na direita, a descrição aparece na esquerda. Mas você não consegue ler porque precisa continuar olhando para o título. É algo pequeno, e provavelmente vai ser consertado logo, mas existe.

No geral, me impressionei com o que foi mostrado e cheguei a considerar nunca mais deixar essa realidade falsa. Para quem é viciado em Netflix, a realidade virtual provavelmente vai acabar piorando as coisas. (Darren Orf)

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