Made in Brazil Seu celular foi roubado? Bloqueá-lo pode ficar mais rápido

Ontem, vocês compartilharam suas histórias de roubo de gadgets, principalmente celulares, e o que pode ser feito para evitar e para resolver o problema da violência. Hoje, temos uma possível boa notícia quanto a isso: um acordo entre o Ministério da Justiça, a Anatel e as operadoras de celular pode facilitar o bloqueio de celulares roubados, transformando-os basicamente em um relógio caro. Será que adianta?

Ontem, vocês compartilharam suas histórias de roubo de gadgets, principalmente celulares, e o que pode ser feito para evitar e para resolver o problema da violência. Hoje, temos uma possível boa notícia quanto a isso: um acordo entre o Ministério da Justiça, a Anatel e as operadoras de celular pode facilitar o bloqueio de celulares roubados, transformando-os basicamente em um relógio caro. Será que adianta?

A medida proposta é o bloqueio do IMEI, espécie de número de série presente em todo celular GSM, que impede a utilização do aparelho mesmo com outro chip ou em outra operadora. Assim, não adianta tentar vender celular roubado, porque ele não vai fazer nem receber ligações — logo, não adianta roubar celulares. Não que magicamente você poderá sair com seu Milestone tranquilo na rua. Mas pelo menos tornará a profissão de bandido menos rentável.

Hoje o bloqueio por IMEI já acontece: basta registrar boletim de ocorrência e apresentá-lo à operadora, junto a seus dados pessoais e o código IMEI do seu celular. Mas nada disso é regulamentado pela Anatel, então cada operadora faz de um jeito diferente. A novidade será a unificação do cadastro de números IMEI e dos procedimentos para bloquear o celular: dessa forma, o processo pode ficar mais ágil para o usuário.

O Ministério da Justiça estima que 1 milhão de celulares sejam roubados ou furtados por ano, sem considerar quem é roubado e não vai à delegacia registrar B.O — ou seja, o número real deve ser bem maior.

Mas há um porém: é possível trocar o IMEI dos celulares. Como explica o site Teleco, dá para trocar um IMEI bloqueado por outro mapeado como legítimo, usando kits "que custam aproximadamente quinze dólares". E parece que trocar o IMEI, dependendo do celular, pode ser um processo quase trivial. Então, em vez de inibir a venda de celulares roubados, a medida poderia estimular mais outra atividade à margem da lei.

E agora? Evitar a troca do IMEI é algo difícil: poderia ser feita com um circuito à prova de modificações (mais outro dispositivo que pode ser burlado), ou a operadora poderia ligar para os clientes, para ver se a pessoa está usando um celular que corresponda ao IMEI cadastrado (algo complicado e inconveniente).

Ou seja, em vez de se preocupar que o bloqueio de IMEI seja infalível — algo exagerado para se desejar de qualquer sistema de segurança — precisamos nos preocupar em dificultar o trabalho de quem age à margem da lei. Se a medida proposta pelo Ministério da Justiça tornar mais difícil usar celulares roubados, então ela é com certeza válida.

E, se roubaram seu celular, lembre-se disto: registre um boletim de ocorrência e exija o bloqueio do celular com sua operadora. O número IMEI você encontra no próprio celular, na embalagem do aparelho ou discando *#06#. Recomendo algo bem simples para guardar o número IMEI: envie-o para você mesmo via e-mail. Em vez de procurar na caixa do aparelho, você pode acessá-lo de qualquer computador com acesso à internet.

A medida depende do aval da Anatel e estabelece prazo de adaptação para as operadoras, e não tem prazo definido para acontecer. O que você acha: a iniciativa vale a pena, ou é perda de tempo? [Info]

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