Samsung vai limitar bateria do Galaxy Note 7 a 60% para evitar mais explosões
A partir de 20 de setembro, a Samsung irá emitir uma atualização para usuários sul-coreanos do Galaxy Note 7 que limitará o carregamento da bateria a 60% da capacidade total. A medida deve ajudar a evitar consequências explosivas para quem ainda não participou do recall do aparelho.
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A Associated Press menciona o aviso publicado pela Samsung no jornal coreano Seoul Shinmun. Esta é uma das medidas mais drásticas da empresa para limitar potenciais estragos do Note 7 o mais rapidamente possível.
Parece que esta atualização ficará confinada à Coreia do Sul, mas é possível que uma tática semelhante seja adotada em outros países onde o Note 7 foi lançado. Nos EUA, por exemplo, há mais de 70 relatos de explosão e fogo envolvendo o aparelho.
O órgão americano CPSC (Comissão de Segurança de Produtos de Consumo) disse que está trabalhando com a Samsung para realizar um recall oficial; a empresa e as operadoras enviaram avisos aos clientes sobre o defeito potencialmente perigoso.
Além disso, a Samsung parece ter descoberto o que há de errado na bateria do Note 7. Segundo a Bloomberg, ela deu uma explicação para a agência de padronização de tecnologia da Coréia do Sul:
As conclusões iniciais indicam uma falha na produção que colocou pressão sobre as placas contidas dentro das células da bateria. Isso, por sua vez, fez os polos negativos e positivos entrarem em contato, provocando calor excessivo. A Samsung, no entanto, ressalta que é necessário realizar uma análise mais aprofundada para determinar “a causa exata” de dano da bateria.
Mesmo que o Note 7 ameace ser uma pequena bomba de bolso, ainda há muitas pessoas que não participaram do recall. Como a AP explica, o procedimento da Samsung na Coreia é meio complicado: você precisa trocar seu aparelho por um S7 e, depois, pegar um Note 7 que não corre risco de explodir. Quem sabe limitar a bateria a 60% faça os clientes devolverem mais rápido os aparelhos com defeito.
O Galaxy Note 7 não chegou a ser vendido no Brasil; seu lançamento no país foi adiado.
Sobre os incidentes, a Samsung Brasil divulgou a seguinte nota:
“Há pouco mais de uma semana, a Samsung Electronics anunciou um programa global de substituição para o Galaxy Note7 como medida preventiva devido a um problema com a célula da bateria. Desde então, estamos trabalhando arduamente para acelerar o envio dos produtos, a fim de concluir esse programa de troca, minimizando qualquer possível inconveniência para nossos clientes. Na semana passada, entendemos que nossos consumidores estão preocupados e queremos enfatizar a importância da troca do produto.
“Nossa prioridade número um é a segurança de nossos consumidores. Estamos pedindo aos usuários que desliguem seus Galaxy Note7 e o substituam o mais rápido possível”, disse DJ Koh, presidente global da divisão mobile da Samsung Eletronics. “Estamos acelerando a substituição dos dispositivos para que eles possam ser entregues por meio do programa de troca do modo mais conveniente possível e em conformidade com as regulamentações vigentes. Agradecemos sinceramente a nossos clientes pela compreensão e paciência.”
Mesmo havendo apenas um pequeno número de incidentes relatados, a Samsung está bastante atenta para oferecer aos clientes o suporte necessário. A Samsung identificou o lote afetado e interrompeu as vendas e remessas desses smartphones. Nós estamos também colaborando com as agências regulatórias nacionais.
Os clientes que possuem o Galaxy Note7 podem trocar seu aparelho atual por um novo, de acordo com a disponibilidade local. Recomendamos aos usuários do Galaxy Note7 que entrem em contato com o lugar de compra ou liguem para a central de atendimento indicada na região o mais brevemente possível.”
Atualizado às 15:27 de 16/09/16