Conheça o Tox, a alternativa descentralizada ao Skype da Microsoft

As revelações de Edward Snowden ainda não terminaram e, entre especialistas em segurança e pessoas preocupadas com a nossa privacidade, elas continuam ecoando. Pequenos grupos não só se incomodaram, mas colocaram a mão na massa para tentar fugir dos olhos da NSA. Um deles é o Tox, que já tem resultados concretos para apresentar. O […]
Tox, bate-papo e vídeo chamada seguros.

As revelações de Edward Snowden ainda não terminaram e, entre especialistas em segurança e pessoas preocupadas com a nossa privacidade, elas continuam ecoando. Pequenos grupos não só se incomodaram, mas colocaram a mão na massa para tentar fugir dos olhos da NSA. Um deles é o Tox, que já tem resultados concretos para apresentar.

O Tox surgiu no 4chan, reduto online de anônimos que, com frequência, ganham as manchetes por instaurar o caos na Internet. Ele é parte de um esforço maior para criar ferramentas de comunicação que não dependam de uma empresa ou órgão central e, dessa forma, sejam menos suscetíveis às pressões da NSA, de outras agências e organizações governamentais. Na lista de iniciativas recentes que comungam dessa missão, temos o Bleep, Invisible.im, Briar e algumas outras.

O Tox é um protocolo capaz de servir de base para uma multiplicidade de aplicações, como cliente de e-mail e para baixar arquivos via BitTorrent. David Lohle, porta-voz do grupo, diz que “o Tox é apenas um túnel criptografado e seguro para outro nó. O que você pode enviar através desse túnel tem como limite a sua imaginação.” Apesar da abrangência, a equipe que atua em seu desenvolvimento está focada em criar uma alternativa ao Skype, um programa de bate-papo multiplataforma capaz de lidar com bate-papo por texto e chamadas de áudio.

É curioso, também, notar que não existe apenas um cliente oficial, mas vários que usam o Tox. Os desenvolvedores, inclusive, recomendam versões diferentes dependendo da plataforma: µTox para Linux e Windows (esse serve de referência e é o mais avançado de todos), qTox para OS X e Antox para Android, por exemplo. Em todos os casos, o contato com outros usuários se dá pelo compartilhamento de chaves públicas, e um arquivo é responsável pela autenticação no sistema.

Um trabalho colaborativo e sem fins lucrativos, ainda há muito a ser feito, no protocolo e no app de bate-papo. A equipe principal conta com pelo menos dez voluntários e o líder do projeto permanece anônimo, atrás do codinome irungentoo. Além de lapidar o código e terminar de implementar os recursos ainda ausentes, o Tox precisa da validação de outros grupos de segurança. Aparentemente ele é seguro, usando tecnologias de criptografia modernas como os algoritmos NaCl, mas a qualidade da matéria-prima não é garantia de que a implementação também seja.

Ainda é cedo para dizer se o Tox conseguirá quebrar a barreira do mainstream e se posicionar como uma alternativa viável ao Skype, mas é bom saber que mesmo com todas as dificuldades, existem pessoas trabalhando por isso. [Wired]

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