O Xbox Game Pass é uma ideia incrível, mas que fracassa (por enquanto)
A última quinta-feira (1) foi um grande dia para donos de Xbox One. Dois anos após saberem que compraram um Xbox One enquanto maioria de seus amigos comprou PS4s, os donos de Xbox puderam se sentir vingado em sua escolha, com a Microsoft lançando o primeiro “Netflix para jogos digitais” de verdade (No Twitter, Phil Spencer, chefe da divisão Xbox, afirmou que o serviço chega ao Brasil até o fim de 2017). O Xbox Game Pass é um serviço de assinatura em que qualquer dono de Xbox One pode pagar US$ 10 por mês para ter acesso a mais de 100 jogos de toda a história do Xbox. Isso parece incrível! Que pena que maioria dos jogos é meio lixo.
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O sistema do Xbox Game Pass funciona baixando os jogos diretamente para o seu disco rígido, que, infelizmente, não permite jogar offline —já que o sistema ainda precisa checar online e garantir que você é um assinante Game Pass. O download, no entanto, significa que você não está preso à velocidade de sua rede para ter uma experiência razoável. Contanto que você tenha uma internet que funcione, você ganha 100 jogos extra.
Ou eu deveria dizer 100 jogos extra não tão bons? Sim, existem exceções. Soul Calibur e Fable 3 são ambos grandes jogos, e a franquia Gears of War é legal por deixar você atravessar motosserras através de cérebros de alienígenas. Mas esses títulos, principalmente feitos para o Xbox 360 ou consoles anteriores, têm um visual bem feio hoje em dia. Eles ainda são bastante divertidos, mas, quando você está investindo US$ 10 por mês, você quer jogos de primeira qualidade junto com os de 15 anos de idade.
É aí que entra Halo 5. Ele é um de um punhado de jogos criados nos últimos três anos para Xbox One que estão disponíveis no Game Pass. Em muitos aspectos, esse é o único título de peso de verdade no catálogo atual do Game Pass. É frustrante, já que parece estar sozinho, brilhando forte entre a centena de jogos extra que são mais velhos que o próprio Xbox One.
De certa forma, estamos vendo um pequeno paralelo aqui com os primeiros anos do serviço de streaming do Netflix — na época em que a empresa ainda enviava DVDs por correio e antes de ser uma potência de produção de seriados. Quando o streaming foi lançado no Netflix em 2007, as escolhas eram tão escassas quanto as de jogos no serviço Game Pass, do Xbox, são agora. O catálogo tinha alguns títulos de peso, mas era principalmente meio ultrapassado e de baixa qualidade. Então, embora o serviço de assinatura do Xbox tenha uma seleção bem pobre agora, ela pode melhorar.
E um serviço de US$ 10 por mês de games sob demanda não necessariamente necessita da mesma amplitude de opções que um serviço de vídeo sob demanda como o Netflix. Filmes são consumidos em duas horas e esquecidos, mas as pessoas jogam os mesmos jogos por dias, às vezes meses.
Embora eu tenha me visto irritada procurando por um jogo para jogar quando configurei meu Game Pass pela primeira vez, ainda assim achei dois jogos para passar o fim de semana — esmagando cabeças no Soul Calibur 2 e sentindo uma profunda nostalgia com Fable 3. Não me importei com o fato de não haver um título de primeira de 2017 para jogar, e talvez você também não se importe.
Tecnologicamente, o serviço Xbox Game Pass funciona — e funciona muito bem. Se você suportar a fraca oferta de títulos atualmente no catálogo e não se importar que eles possam desaparecer do serviço dentro de um ou dois meses, então o Xbox Game Pass pode ser uma grande benção. Seria difícil você ter acesso a tantos jogos por um preço tão baixo de outra maneira. Mas se você quiser um monte de títulos blockbuster atuais, esse serviço não é para você.