Curte um funk e procura uma programação pesada? Pois esse evento é para você! Entre os dias 29 e 30 de abril, a partir das 13h, vai rolar a primeira edição do Festival da Frente Nacional de Mulheres do Funk. A proposta do projeto, encabeçado por profissionais da área, é ampliar o círculo cultural onde o funk se insere para além da música.
O festival vai acontecer no Centro de Formação Cultural da Cidade Tiradentes, com uma programação gratuita que contempla oficinas de produção musical, batalha de passinho, shows, desfile de moda, rodas de conversa, exposição de artes visuais, exibição de curtas e documentários.
A iniciativa propõe apresentar a pluralidade do ritmo/movimento pela perspectiva feminina, reunindo diversas linguagens artísticas, profissionais da cultura e comunidade. “Essa é uma ação cultural produzida exclusivamente por mulheres para que o olhar feminino seja ampliado dentro das estruturas artísticas do funk”, explica Renata Prado, idealizadora, articuladora nacional e porta-voz do evento.
“Sua representatividade reflete a essencial importância e o profissionalismo da mulherada no movimento funk, sobretudo as mulheres negras que são invisibilizadas no processo artístico e profissional da cultura”, explica a porta-voz do evento. “Nós acreditamos que isso só será possível com a união da massa funkeira. Por isso, nosso line-up é misto, embora mantenha a mulher como protagonista”, conta Renata.
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O line-up destaca o protagonismo feminino no funk, mas busca atender a diversidade do movimento com uma curadoria mista. A organização acredita que assim consegue dialogar com a juventude do funk como um todo. Por isso, o projeto reúne grandes artistas da cena e apresenta diversas vertentes do gênero, como funk consciente, trap funk, mandelão, entre outras.
“É a partir da união que a FNMF acredita ser possível dialogar com a juventude do funk como um todo, sejam homens, mulheres, cis, trans, pessos nb, a comunidade LGBTQIA+ e quem mais se interessar por conhecer este movimento tão transformador”, conta Renata.
“Grande parte das atrações escolhidas para participar do Festival são moradores da Cidade Tiradentes, bairro do extremo leste de São Paulo, conhecido como o berço do funk paulistano. A curadoria foi construída coletivamente por todas as integrantes da FNMF”, comenta Prado. Não mosca e pega a visão!
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Começando com tudo, a abertura do evento acontece no sábado, dia 29, e contará com a exposição individual “Sobrevivendo no Inferno”, da artista Fernanda Souza, também conhecida como Corre Rua, que segue também no dia seguinte. O festival ainda terá uma oficina de produção musical com o Dj Pablo RB e a exibição do documentário “Mortos em Abril”.
Na sequência, um bate-papo com os roteiristas e pesquisadores Guilherme Lúcio e Cabra, a Vereadora Elaine Mineiro (representante governamental da mandata coletiva Quilombo Periférico). Além de Fernanda Garcia (estudante de direito e irmã de Dennys Guilherme, jovem assassinato pela PM no baile da DZ7 em dezembro de 2019) sobre a violência policial e sua relação com a cultura funk.
A moda também terá espaço na programação! Assinado pela marca Shark, intitulado de “Bonde da Tony Country”, o desfile é idealizado pela crocheteira e estilista Larissa Ramos. Fechando a programação do primeiro dia, a batalha de passinhos vai premiar em dinheiro quem dominar a cena do funk SP.
Por fim, no domingo, dia 30, acontecem os shows de MCs como Lalão do TDS, Nego Blue e Cebezinho, e os sets das DJs Gabi Nas, Menezes e Negaly. O Festival da Frente Nacional de Mulheres do Funk é um projeto contemplado pelo 19º Edital de Valorização a Iniciativas Culturais (VAI) da Prefeitura de São Paulo em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo.
Dia 29/04
Dia 30/04
