Consciência Negra: você precisa conhecer estas 7 artistas negras de funk e rap
Nos anos 2000, Tati Quebra-Barraco e Deize Tigrona abriram o caminho para que diversas mulheres negras hoje brilhem na cena funk, rap e hip-hop. No entanto, mesmo com essa crescente ascensão, a visibilidade das minas ainda é bem menor em comparação com os caras — a luta feminina é histórica e ainda promete ser longa.
Pensando nisso, o Giz Brasil aproveita a celebração do Dia Nacional da Consciência Negra neste domingo (20), para mostrar sete nomes de peso na cena brasileira, que você precisa conhecer e começar a acompanhar agora mesmo. Pega a visão!
MC Dricka
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Fernanda Andrielli Nascimento dos Santos, mais conhecida como MC Dricka, ganhou o apelido de “Rainha dos Fluxos” pelo sucesso nas festas de rua de SP, além de trazer representatividade para as minas com o estilo mandrake. No ano passado, seu nome ficou conhecido ao redor do mundo: estampou o telão da Times Square, em Nova York, e participou do projeto “Colors”, canal que reúne sons de grandes nomes da música internacional.
Considerada um dos nomes em ascensão do funk nacional, começou a cantar com apenas 12 anos no coral da igreja. Hoje, aos 24, a funkeira quebra barreiras com suas letras da realidade da quebrada, que levantam a bandeira do empoderamento feminino. Ela defende que as mulheres podem trazer a mesma linguagem dos MC’s homens e rebate a sexualização do corpo feminino na música.
MC Luanna
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Luanna Santos Oliveira, a MC Luanna, é de Ubaitaba, na Bahia, e mudou-se para São Paulo ainda na infância. Hoje aos 26 anos, a cantora vem ganhando destaque na cena do rap/funk paulista e segue celebrando grandes conquistas desde o lançamento do seu primeiro single “Kit Rosa“, atualmente com mais de 100 mil visualizações no YouTube. O EP “Maldita“, lançado em 2022, já acumula mais de 585 mil plays no Spotify.
O trabalho mais recente da cantora é o EP “44”, 8 faixas com diversas participações de peso da cena. Neste disco, a cantora fala um pouco sobre suas dores e vivências, e tudo que passou durante a infância e adolescência.
Julia Costa
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Julia Roberta da Costa, a Ajuliacosta, é outro nome que desponta no rap/hip-hop. Além de cantora, é empreendedora e dona da marca Ajuliacosta$hop. A artista e empreendedora sempre conciliou o corre da música com a costura, com o intuito de inovar.
Na cena musical, Julia Costa lançou em julho o EP “AJU”, um total de seis canções focadas no empoderamento feminino. Suas letras viralizaram nas famosas trends do TikTok. Nas redes sociais, diversas meninas pretas que se inspiraram na cantora, fazem diversos conteúdos usando suas músicas. O clipe de “Homens Como Você” já acumula mais de 447 mil views.
Tasha & Tracie
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Outro nome ascendente é das gêmeas Tasha e Tracie Okereke, de 26 anos. Crias do Jardim Peri, zona norte de São Paulo, desde 2019 elas vêm crescendo no rap feminino. Filhas de mãe brasileira e pai nigeriano, criaram o movimento “Expensive Shit”, mesmo nome de seu blog, onde pregam a valorização da autoestima e da autonomia dos jovens negros das periferias, por meio de conhecimento, arte, moda e da informação.
Suas letras falam conquistas e empoderamento, discurso alinhado com a trajetória da dupla na música e no lifestyle. Com mais de 5 milhões de visualizações no canal do YouTube e mais de 751 mil ouvintes mensais no Spotify, ganharam destaque e gravaram com grandes nomes da música como Bivolt, Kyan, Yunk Vino, Mu540, Onnika, Pizzol, Veigh, Gloria Groove e Djonga. O último lançamento da dupla, “Willy“, já soma 2 milhões de visualizações no YouTube.
Ebony
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Saindo um pouco de São Paulo, a rapper Ebony, do Rio de Janeiro, é um nome crescente na cena. Com um talento que impressiona, a cantora fez seu primeiro som completamente em um aplicativo que modela a voz. E tem um catálogo de beats para rimar em cima. Após gravar, soltou nas redes sem pretensão… Os números foram crescendo e seu hoje repercute de forma independente.
Em 2021, Ebony lançou “Visão Periférica”, seu álbum de estreia com 10 faixas e muita festa com nomes importantes como Urias, BK, Borges e Yunk Vino. Atualmente, o disco tem mais de 3,7 milhões de reproduções no Spotify.
N.I.N.A
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A bruta, a braba, a forte! Essa é a autodefinição de N.I.N.A, que vem muito bem a calhar. Afinal, a rapper é conhecida pelo papo reto e o poder de reinvenção. Cria do Rio de Janeiro, iniciou a sua carreira como DJ, se aventurando com as misturas de ritmos, até que viu a possibilidade no hip-hop e no funk.
N.I.N.A se encontrou artisticamente quando descobriu o grime, estilo musical nascido em Londres, na Inglaterra. A sonoridade é conhecida pelo andamento em 140 batidas por minuto, com influências de dancehall e ragga. Crescida na favela, a cantora também tem forte conexão com o funk carioca e até pitadas de reggae, rock e R&B. Em abril, N.I.N.A fez a estreia de “Pele”, seu primeiro álbum e que já acumula mais de 5,8 milhões de reproduções só no Spotify.
MC Carol
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Carolina de Oliveira Lourenço, mais conhecida como MC Carol, é de Niterói, no Rio de Janeiro, e ganhou destaque por unir temáticas sociais em canções que tratam de sexualidade de forma explícita, assim como faixas com tom humorístico.
A funkeira tem se dedicado a lançar músicas com um teor mais crítico sobre questões da nossa sociedade, como “100% Feminista”, “Não Foi Cabral” e “Delação Premiada” — elas abordam temas como movimento feminista, história do Brasil e o sistema criminal no país. Em 2021, lançou o mini-doc “Amor Próprio É o Nosso Rolê”, gravado nos bastidores do clipe “Levanta Mina“. Atualmente, está em turnê com o álbum “Borogodó“, lançado em julho de 2021. O disco traz temas como a sexualidade do ponto de vista feminino, além da gordofobia e do machismo.