Quem já viajou pelo Brasil (ou por outros países) notou que, a depender da região, a frequência de eletricidade muda. Em algumas regiões, só é possível colocar na tomada eletrônicos que operem em 110v, já em outras, o mesmo acontece com 220v.
No caso do Brasil, isso ocorre porque quando a rede elétrica começou a ser instalada no país, no início do século 20, não foi definido um padrão. Assim, cada empresa que fazia e administrava as instalações decidiu qual usaria. Com a ampliação da rede, tornou-se economicamente inviável fazer uma troca para que houvesse uma padronização.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o padrão é principalmente o 110v. Já na Argentina, o padrão é 220v.
Veja o mapa elaborado pelo portal Brilliant Maps, que mostra como é a disparidades da eletricidade nos países:
Para entender melhor, o gráfico está dividido da seguinte forma:
- Azul: de 220v 50Hz a 240v 50Hz (mais comum no mundo, incluindo vários países da Europa, Ásia, África, Oceania e América do Sul)
- Vermelho: de 100v 60Hz a 127v 60Hz (América do Norte e Central)
- Verde: de 220v 60Hz a 240v 60Hz (mais comum no Peru, Filipinas e Coreia do Sul)
- Laranja/Marrom: de 100v 50Hz a 127v 50Hz (alguns países da América Central)
- Listras: tensões e frequências mistas (Brasil, Arábia Saudita, Japão, Vietnã e alguns países africanos)
110v ou 220v: qual é melhor?
Ao ligar os aparelhos à tomada, elétrons percorrem o circuito de um polo em direção a outro. No caminho entre os polos, os elétrons passam pelo equipamento e fazem-no funcionar.
Não há diferença técnica entre as duas tensões. O desempenho de aparelhos iguais que trabalham em uma tensão elétrica diferente é exatamente o mesmo.
Assim, a quantidade de energia consumida por um aparelho que funciona a 110v é igual à de um aparelho de 220v.
A diferença é que o choque elétrico que resulta de uma tensão de 220 V pode gerar mais danos que um choque proveniente de uma tensão de 110v.
Além disso, as grandes distâncias percorridas pela corrente elétrica, desde a usina de geração até o consumidor final, geram muita perda de energia, o que justifica uma tensão menor para a maioria dos consumidores.
Quanto às frequências, os motores elétricos funcionam um pouco mais rápido em 60Hz do que em 50Hz. Os transformadores também tendem a ser menores e mais leves para a mesma potência em 60Hz do que em 50Hz. Por outro lado, maior frequência (60Hz) pode resultar em perdas de transmissão ligeiramente maiores.