Mesmo 30 minutos por dia de qualquer exercício físico diminuem chances de morte precoce, diz estudo

Você pode até pensar que aquela caminhadinha leve não faz diferença significativa na sua saúde, mas um novo estudo reforça a importância de se levantar da cadeira e fazer qualquer atividade física que seja. Pessoas sedentárias que substituem 30 minutos sentadas na cadeira por exercícios moderados a vigorosos diminuem em 35% o risco de morte […]
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Você pode até pensar que aquela caminhadinha leve não faz diferença significativa na sua saúde, mas um novo estudo reforça a importância de se levantar da cadeira e fazer qualquer atividade física que seja. Pessoas sedentárias que substituem 30 minutos sentadas na cadeira por exercícios moderados a vigorosos diminuem em 35% o risco de morte precoce, descobriram os pesquisadores.

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Muitas pesquisas têm apoiado a ideia de que o exercício físico é universalmente bom para as pessoas, independentemente de qual seja. No ano passado, o governo federal dos Estados Unidos até mesmo lançou novas diretrizes dizendo isso. Mas ainda há debates sobre quanto exercício é realmente necessário para cancelar os efeitos do sedentarismo, considerado um dos melhores indicadores de saúde precária no futuro.

Os pesquisadores por trás desse novo estudo, publicado na segunda-feira (14) no American Journal of Epidemiology, decidiram ter sua própria visão sobre a questão.

Eles analisaram dados de um estudo nacionalmente representativo de pessoas de meia-idade nos Estados Unidos, realizado de 2009 a 2013. O levantamento foi feito para examinar as diferenças nos resultados de AVC em todo o país e entre diferentes grupos demográficos. Como parte do estudo, os voluntários foram convidados a usar rastreadores de atividade física enquanto acordados por pelo menos quatro dias.

Graças aos rastreadores, os pesquisadores foram capazes de medir objetivamente quanta atividade física uma pessoa teve em um dia, assim como a frequência com que ficou sentada. Eles usaram esses dados para estimar os efeitos da substituição do comportamento sedentário por qualquer quantidade de atividade física. No total, eles analisaram 7.999 voluntários que participaram do estudo, rastreando se eles morreram até 2017.

Com base em seus cálculos, a equipe descobriu que mesmo um nível modesto de atividade física levaria a mudanças perceptíveis e positivas. Substituir o ato de ficar sentado por 30 minutos de exercício moderado a vigoroso (desde uma caminhada rápida até correr) por dia, por exemplo, foi associado a uma queda de 35% no risco de uma morte precoce. Com 30 minutos de atividade física leve (uma caminhada ao redor do quarteirão, fazendo tarefas), por sua vez, ainda levou a uma diminuição de 17% no risco de morte precoce.

“Se você tem um emprego ou estilo de vida que envolve ficar muito tempo sentado, você pode diminuir o risco de morte precoce se movendo com mais frequência pelo tempo que quiser e conforme sua habilidade permitir — quer isso signifique ter uma hora de aula de spin de alta intensidade ou escolher atividades de baixa intensidade, como caminhar”, disse o autor principal Keith Diaz, professor assistente de medicina comportamental na Faculdade Vagelos de Médicos e Cirurgiões da Universidade Columbia, em um comunicado.

Repetindo, isso não é nada de novo. Mas o estudo pretende esclarecer o que precisamos fazer para evitar os efeitos perigosos do sedentarismo, que incluem ganho de peso e problemas cardiovasculares.

Um trabalho anterior da própria equipe, usando os mesmos dados, descobriu que pessoas que faziam pausas e se levantavam da cadeira eram menos propensas a morrer cedo do que aqueles que ficavam sentados por horas. Porém, no estudo atual, eles não encontraram um efeito de mortalidade reduzida apenas no ato de fazer pausas. Isso é importante, porque sugere que se levantar do seu assento não é necessariamente o bastante para evitar que você morra cedo — você precisa ser ativo durante esse tempo longe da cadeira para que realmente tenha uma diferença significativa.

Toda essa atividade física não precisa necessariamente acontecer tudo de uma vez no dia e nem precisa ser uma corrida ao redor do estacionamento, apontam os autores. Mas precisa, sim, ser alguma coisa.

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