3,5 milhões de câmeras de rua podem ser espionadas por qualquer um, diz estudo

Câmeras passíveis de serem espionadas estão em locais públicos de países como Brasil, EUA, China, Índia, México e Coreia do Sul
3,5 milhões de câmeras de rua podem ser espionadas por qualquer um, diz estudo
Imagem: Vladislav Glukhotko/Unsplash/Reprodução

Um relatório do site especializado CyberNews aponta que mais de 3,5 milhões de câmeras de videomonitoramento no Brasil, China, EUA, Rússia, Índia, México e Coreia do Sul estão completamente desprotegidas e podem ser espionadas por qualquer um. 

A única barreira para acessar as imagens de quase 710 mil câmeras é a senha padrão de um fornecedor, que pode ser facilmente burlada. O acesso a outras 21 mil câmeras sequer precisa de autenticação. 

Os pesquisadores identificaram que 96,4% das marcas de câmeras em análise têm produtos que funcionam com uma senha padrão ou sem nenhuma chave de acesso. Entre elas estão grandes fabricantes como Hikvision, Toshiba, HIPCam, Cisco e Linksys. 

No entanto, os produtos mais recentes dessas marcas estão programados – seja por modelo ou software – a forçar os usuários a definir uma senha ou gerar uma única aleatoriamente. 

Aparelhos antigos, porém, funcionam normalmente sem a chave de acesso. O mesmo levantamento realizado em 2021 mostrou que só 5,3% das câmeras de videomonitoramento exigiam a definição de uma senha para funcionar. 

A descoberta levantou o alerta sobre espionagem online. Como todas as câmeras têm conexão à internet, há risco de terceiros – potencialmente mal-intencionados – acessarem os sistemas. 

Com um monitoramento 24/7, pessoas podem ter acesso aos dispositivos ao vivo e captar dados pessoais e confidenciais de milhares de pessoas que circulam em espaços públicos ao longo do dia. Outro risco é usar as câmeras como um ponto vulnerável da rede. 

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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