5 armas estranhas usadas em guerras – incluindo na da Ucrânia
A Segunda Guerra Mundial não impulsionou avanços tecnológicos apenas no campo de batalha. Certas invenções da época, por exemplo, incluem o radar, os primeiros aviões a jato, mísseis táticos, que ganhariam outras aplicações anos mais tarde.
Porém, na pressa para inventar tecnologias inovadoras para vencer os conflitos, também surgiram armas militares estranhas ou mesmo bizarras. Listamos abaixo algumas delas. Confira.
Granada grudenta
No início da 2ª Guerra Mundial, a Grã-Bretanha criou um novo tipo de granada que era envolvida com uma malha impregnada com um material pegajoso e adesivo. Quando lançadas, essas granadas grudavam na carroceria de tanques alemães, antes de explodir.
Para usá-la, os soldados precisavam remover uma tampa protetora e arremessar. A detonação vinha até cinco segundos depois do lançamento. Segundo o site Live Science, mais de 2,5 milhões de granadas adesivas foram produzidas e usadas, principalmente, em combates na Grécia e no norte da África, entre 1941 e 1946.
A arma deixou de ser usada por conta de várias falhas, como, por exemplo, não grudar em veículos blindados que estivessem muitos sujos. Além disso, era comum que as granadas grudassem nos uniformes dos próprios soldados britânicos.
Porta-aviões voador
Ainda durante a 2ª Guerra Mundial, a então União Soviética adaptou aviões bombardeiros para servirem como porta-aviões voadores. A ideia era usar o Tupolev TB-1 e o TB-3 para transportar sobre e abaixo de suas asas entre dois e seis caças de pequeno porte.
De acordo com o site Military History Now, os soviéticos conseguiram realizar 30 ataques com esses bombardeiros, entre 1941 e 1942, com os caças de curto alcance conseguindo desengatar em voo, bombardear alvos inimigos, e depois voltarem e se reconectarem aos porta-aviões voadores.
Tanque com motor de avião
Usado durante a Guerra Soviético-Afegã, entre 1979 e 1989, este tanque tinha um motor a jato de um caça MiG-15 preso ao seu casco em vez de um cano de arma. O objetivo era utilizar o escape de gases do motor a jato para remover todo o solo e rochas do seu caminho, expondo potenciais minas ocultas.
O protótipo Progrev-T foi construído a partir de um tanque T-55 adaptado. Porém, como apontou o History of Yesterday, não há informações sobre a efetividade desse sistema caça-minas em guerras.
Metralhadora “Toca Discos”
Apesar de criada em 1927, pelos soviéticos, esta metralhadora com um disco tem sido utilizada nas últimas décadas em várias guerras, inclusive no conflito atual na Ucrânia. Ela tem a vantagem de ter um design simples e de baixo custo, podendo ser construída facilmente.
Batizada de Degtyaryov, a metralhadora utiliza um pente de munição circular – armazenada em um disco na parte superior –, com a tampa superior girando enquanto a arma dispara. Por conta desse formato e movimento, o Exército Vermelho apelidou a metralhadora como “Toca Discos”, por lembrar as antigas vitrolas.
A metralhadora funciona com um sistema operado a gás e suas versões mais recentes tem uma taxa de disparo de 500 a 600 tiros por minuto, alcançando alvos a 800 metros de distância, segundo destaca o Military Factory.
Golfinhos de combate
Há décadas, a marinha ucraniana utilizava golfinhos treinados para o combate. O projeto teve início na década de 1960, quando a Ucrânia ainda fazia parte da União Soviética. Após a queda do império soviético, o controle do programa foi entregue à Ucrânia, antes de finalmente ser transferido para os russos durante a crise na Crimeia.
Os golfinhos foram treinados para trabalhar junto com mergulhadores, para procurar armas submersas, além de fazer o patrulhamento do fundo do mar e localização de submarinos.
Os golfinhos, claro, não foram utilizados em guerras para carregar armas ou atacar humanos e navios, uma vez que eles não poderiam discernir quem era amigo ou inimigo. Além dos russos, os EUA também contam com um programa de treinamento de golfinhos para fins militares.