5 raças extravagantes de cachorros que desapareceram, segundo a BBC
Quando falamos em raça, estamos nos referindo a um grupo de cães que possuem um certo conjunto de características pré-estabelecidas. Esses animais costumam se reproduzir apenas entre si, gerando descendentes férteis com a mesma aparência. Hoje, a Federação Cinológica Internacional reconhece oficialmente cerca de 370 raças de cães diferentes.
Esse número era bem maior no passado, com cães extravagantes com papéis sociais que iam além do puro companheirismo. A BBC contou a história das raças e citou alguns cachorros já extintos que fizeram sucesso em outras épocas. Confira quais são eles:
Turnspit
À primeira vista, o Turnspit pode lembrar um dachshund, com seu formato de salsicha e as pernas curtas. Porém, ele possui alguns detalhes únicos, como seu pelo desalinhado, a cauda em tufo e orelhas que às vezes lembram as do cocker spaniel.
A raça, extinta na era vitoriana, levava uma vida nada confortável. Turnspit significa, literalmente, “girador de espeto”, um nome que faz jus a sua antiga função. Esses animais viviam em cozinhas de grandes propriedades, onde deveriam ficar correndo em rodas de hamster conectadas a um espeto giratório em que a carne era assada.
Na virada do século 19, surgiram os giradores mecânicos. Os cães foram rejeitados como animais domésticos por serem considerados rústicos e medonhos demais. Sem funções para desempenhar na cozinha, o animal foi extinto. Hoje, há apenas um espécime empalhado em exibição no Castelo de Abergavenny, no País de Gales.
Poi
O Poi era um cão havaiano, criado como uma cabra à base de vegetais. Curiosamente, era um animal de companhia para os polinésios, e também fonte de alimentação para os mesmos. Sua carne, no entanto, só aparecia em banquetes cerimoniais.
O povo havaiano tinha apreço pelo animal, mas os viajantes europeus que chegaram na ilha no século 19 não gostaram tanto do que viram. O Poi não conseguia latir, apenas uivar e ganir, e sua aparência, descrita como esquelética e com patas tortas, também não agradou.
Com o tempo, os colonizadores passaram a levar seus próprios cães para o Havaí. O hábito de comer os animais de estimação também acabou se tornando inaceitável com a chegada dos europeus, e o Poi foi extinto.
Salish
O cão lanoso Salish viveu no Canadá durante o século 19. Era um animal felpudo, constantemente tosquiado para tirar sua lã e aplicá-la em cobertores. Eles viviam em matilhas de 12 a 20 animais e eram alimentados, principalmente, com salmão cru e cozido.
Ao mesmo tempo, eram grandes companheiros dos humanos, recebendo nomes e sendo enterrados após a morte. Assim como o Poi, o Salish foi extinto após a chegada dos colonizadores, que trouxeram novos materiais e mudaram a cultura tecelã local.
Molossus
O Molossus era um cão da Grécia Antiga, utilizado como guardião do gado e também cão de guerra. Há quem diga que estes animais, originados na antiga tribo grega de Molossos, lutavam contra leões, elefantes e até mesmo homens em campos de batalha.
A raça foi um ancestral importante para cães modernos, como o São-Bernardo, Rottweiler, Dogue Alemão, Terra-Nova e o mastim tibetano.
Péritas
Não é possível afirmar que o Péritas constituía uma raça bem definida como temos hoje. Alguns escritores descrevem estes cães como atléticos e corredores excepcionais, enquanto outros os relatam como animais lentos que usavam o faro acima de tudo.
De toda forma, Péritas era um cão especial, tido como o favorito de Alexandre, o Grande. O animal acompanhou o rei em suas batalhas e, quando morreu, foi homenageado com o nome de uma cidade. Com tamanho feito, não poderia ficar de fora desta lista.