5 toques sobre a melatonina, que acaba de chegar nas farmácias do Brasil

O chamado hormônio do sono recebeu autorização da Anvisa para ser vendido na forma de suplemento no Brasil. Saiba o que é para quem ele pode servir
Dormir mal tira a alegria de viver.

A partir desta semana, farmácias do Brasil vão poder começar a oferecer suplementos à base de melatonina — o chamado hormônio do sono. Até então, quem quisesse ter acesso à substância precisaria importá-la ou recorrer a uma farmácia de manipulação. 

A história começou a mudar em outubro deste ano, quando a Anvisa autorizou seu uso no País. O Gizmodo Brasil preparou uma lista de coisas que você precisa saber sobre a melatonina antes de utilizá-la.

O que é a melatonina?

A melatonina é o principal hormônio responsável pela regulação do ciclo circadiano — o mecanismo pelo qual nosso organismo regula dia e noite. Ela é produzida pela glândula pineal, que é ativada na falta de estímulos luminosos. Ou seja, basta chegar a noite ou então apagar a luz que as atividades do nosso corpo começam a diminuir o ritmo. A frequência cardíaca desacelera, a pressão arterial começa a cair e vai dando aquele soninho. Clássico.

Para que ela serve?

Como você deve ter percebido, a melatonina é uma boa pedida para aqueles que buscam melhorar a qualidade do sono. Mas é preciso ter cautela. O hormônio será vendido na forma de suplemento no Brasil, sem necessidade de receita médica. Mesmo assim, é indicado procurar um profissional de saúde. 

Será que a causa da sua insônia é realmente falta de melatonina ou há outros problemas por trás? Vale investigar antes de sair comprando o suplemento. 

Quem pode tomar?

A Anvisa liberou os suplementos à base de melatonina apenas para pessoas com idade igual ou maior que 19 anos. Além disso, o consumo diário máximo do hormônio fica restrito a 0,21 mg. 

A produção natural de melatonina diminui com o passar do tempo. Por isso, sua suplementação ser uma boa pedida para os idosos, principalmente, que podem enfrentar uma queda dos níveis hormonais de até 25% depois dos 60 anos. 

Pessoas que trabalham de madrugada, viajam para lugares com fuso horário muito diferentes, por exemplo, podem ter o ciclo biológico alterado. Por isso, a melatonina pode ser uma boa pedida nesses casos.

O produto não deve ser consumido por grávidas, lactantes, crianças e pessoas que realizam atividades que necessitam de atenção, como motoristas de transportes públicos e particulares. De toda forma, vale o reforço: busque um médico para avaliar suas reais necessidades.

Onde encontrar o suplemento?

Já é possível encontrar o suplemento nas farmácias brasileiras. Nesta semana, a fabricante Macrophytus entregou 85 mil frascos do produto para 4.386 farmácias e 116 distribuidoras. O suplemento da fabricante Equaliv também já está disponível em diversas regiões do país. A melatonina pode ser vendida em comprimidos ou gotas, custando cerca de R$ 40.

Ela pode desencadear efeitos colaterais?

A melatonina não costuma ter grandes efeitos colaterais, principalmente quando utilizada dentro da dosagem adequada. De toda forma, podem surgir alguns sintomas de fadiga ou sonolência excessiva durante o dia, falta de concentração, dores de cabeça, entre outros

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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