_Cibersegurança

99 vai usar sistema para identificar automaticamente denúncias de assédio

Desde que os aplicativos de transporte passaram a fazer parte do nosso dia a dia, vemos repetidamente casos de assédio contra clientes. Qualquer iniciativa para coibir essa prática, portanto, é mais do que válida. A mais recente vem da 99: a empresa anunciou que usará um rastreador de comentários para identificar possíveis situações desse tipo. […]

Imagem de motorista dirigindo carro. O ponto de vista é do passageiro do banco traseiro. O motorista tem uma das mãos no volante, e a outra abaixada. Pelo para-brisa, dá para ver o entardecer.

why kei/Unsplash

Desde que os aplicativos de transporte passaram a fazer parte do nosso dia a dia, vemos repetidamente casos de assédio contra clientes. Qualquer iniciativa para coibir essa prática, portanto, é mais do que válida. A mais recente vem da 99: a empresa anunciou que usará um rastreador de comentários para identificar possíveis situações desse tipo.

De acordo com a Reuters, o sistema identifica palavras e contextos normalmente ligados a casos de assédio. Para isso, ele lê os comentários deixados após o término da corrida. As mensagens identificadas passam por uma segunda análise. Aí são tomadas as providências cabidas, como bloqueio do motorista no app e encaminhamento do caso para a polícia investigar.

A 99 também oferece um canal de atendimento exclusivo para incidentes de segurança. É o telefone 0800-888-8999. O suporte oferece direcionamento jurídico e apoio psicológico para clientes. No caso de assédio a mulheres, o atendimento é feito exclusivamente por atendentes femininas.

Casos de violência contra passageiras, infelizmente, acontecem há anos por todo o mundo. Em 2017, em meio a muitos escândalos, a Uber foi acusada inclusive de compartilhar indevidamente os registros médicos de uma mulher estuprada por um motorista. A chinesa DiDi Chixung, dona da 99, viu no ano passado dois assassinatos no país asiático cometidos por motoristas do seu serviço de caronas.

Iniciativas para dar mais segurança a clientes, como botões de pânico e workshops, são mais do que necessárias.

[Reuters]

Sair da versão mobile