A bomba planadora Viper Strike flutua como uma borboleta, mas ferroa com um quilo de explosivos

Na medida em que a guerra sai dos campos de batalha em direção a áreas urbanas, bombardeios certamente ficam menos efetivos. A bomba planadora Viper Strike foi construída para essa exata situação. Ela trava os alvos com lasers para acertá-los sem devastar bairros inteiros. Designada pela USAF como GBU-44/B, a Viper Strike é um bomba planadora […]
Viper Strike.

Na medida em que a guerra sai dos campos de batalha em direção a áreas urbanas, bombardeios certamente ficam menos efetivos. A bomba planadora Viper Strike foi construída para essa exata situação. Ela trava os alvos com lasers para acertá-los sem devastar bairros inteiros.

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Designada pela USAF como GBU-44/B, a Viper Strike é um bomba planadora guiada a laser e auxiliada por GPS, feita para ser disparada por UAVs (veículos aéreos não-tripulados). Seu formato aerodinâmico permite a ela flutuar em direção ao alvo, sem energia, em vez de cair diretamente sobre ele. É como jogar um dardo em vez de soltá-lo.

A Viper Strike é na realidade uma especificação da agora descontinuada Brilliant Anti-Tank (BAT) desenvolvida pela Northrop Grumman. A BAT confia em um híbrido de acústica e infra-vermelho para mirar-se a si mesma e atacar veículos blindados em movimento. O sensor acústico “pinga” e identifica alvos em potencial antes que o rastreador infra-vermelho (aka detector de calor) possa mirar. O sistema da BAT foi originalmente desenvolvido para segurar um potencial ataque blindado soviético ao longo da fronteira da Alemanha Ocidental, mas foi desmantelado em 2003 quando os últimos trocados para o financiamento da Guerra Fria acabaram.

A Viper Strike é uma derivação especial do sistema da BAT. Ela mede quase um metro, tem 14 cm de largura e pesa 19 kg, incluindo 1,05 kg de uma ogiva anti-tanque altamente explosiva (HEAT). A bomba é capaz de planar 3 metros lateralmente a cada 30 cm de queda e pode acertar alvos com a precisão de um metro. Em vez do híbrido acústico/infra-vermelho, a Viper Strike usa um detector de laser semi-ativo, o que significa que alguém precisa “pintar” o alvo com um laser para guiar a bomba. Uma unidade GPS onboard permite aos UAVs lançar a bomba de uma grande altitude, aumentando assim o seu alcance.  Isso torna a Viper Strike especialmente boa para atacar em áreas montanhosas com terrenos íngremes  e áreas urbanas cheias de prédios e outras estruturas altas. O tamanho compacto da bomba e da ogiva ajuda a minimizar danos colaterais.

Atualmente a Viper Strike é usada nos UAVs Hunter e Shadow do Exército norte-americano, e no MC-130W Combat Spear da Força Aérea. Embora seja primariamente usada em operações de reconhecimento, o Exército enviou alguns Hunters equipados com Viper Strike para o Iraque em 2005. Os militares ficaram tão impressionados com essa arma que encomendaram outras 78 dela. A Northrop-Grumman no momento também trabalha para adaptá-la para ser disparada a partir do AC-130 Spooky.

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