A estrutura do Navio-Aeródromo Multipropósito para socorrer vítimas em São Sebastião

Embarcação terá UTI completa e mais de 200 leitos para atender às vítimas do temporal no litoral paulista
A estrutura do Navio-Aeródromo Multipropósito para socorrer vítimas em São Sebastião
Imagem: SG Cássio/Marinha do Brasil/Flickr/Reprodução

O Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico (A140 Atlântico) da Marinha vai se transformar em hospital de campanha para atender às vítimas das chuvas no Litoral Norte de São Paulo.

A expectativa é que a embarcação chegue na cidade de São Sebastião, uma das mais afetadas pelo temporal, na manhã de quinta-feira (23). A estrutura é a maior da Marinha brasileira. Segundo as forças navais, a embarcação deve reforçar o atendimento médico aos desabrigados e desafogar os hospitais da região. 

O navio é do tipo assalto anfíbio, uma classe de combate usada para dar apoio às forças terrestres. Tem 203 metros de comprimento e capacidade para deslocar até 21.500 toneladas a 33 km/h. Do tipo porta-helicópteros, a embarcação tem hangar onde cabem até 18 aeronaves.

Na embarcação há uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) completa e mais de 200 leitos para atender às vítimas do temporal. A força-tarefa vai reunir 1.000 militares, incluindo 28 profissionais da saúde. O quadro de especialistas inclui médicos pediatras, cirurgiões, anestesistas, clínicos, farmacêuticos, dentistas, técnicos em enfermagem e auxiliares. 

O Atlântico ainda leva consigo seis helicópteros, três estruturas de desembarque de viaturas e duas lanchas. Além do navio, a Marinha também envia a embarcação de desembarque de carga Guarapari. A estrutura possui uma rampa capaz de atracar em praias, o que facilitará o resgate de vítimas em áreas ainda isoladas.

Veja a estrutura do navio da Marinha que vai socorrer o litoral de SP

No Brasil desde 2017 

O Atlântico começou a ser construído em 1994 pelas empresas britânicas Kvaerner Govan e VSEL, na Escócia. Pouco depois, foi vendido para o exército do Reino Unido por 154 milhões de libras esterlinas, o que equivale a mais de R$ 900 milhões na conversão direta. 

Em setembro de 1998, começou a atuar na Base Naval de Devonport, onde seguiu com o exército britânico em operações humanitárias e de apoio naval ao redor do mundo. Passou por uma grande reforma de 2012 a 2014, o que incluiu novos radares, sistema de comando, alojamentos e radares. 

A Marinha brasileira comprou a embarcação em 2017 por 84 milhões de libras – mais de R$ 525 milhões no câmbio atual. 

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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