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A mudança climática não é uma farsa; Google e YouTube deixam de monetizar quem for negacionista

Anunciantes e criadores não poderão mais monetizar conteúdos que negam a existência de mudanças climáticas.

O Google anunciou nesta quinta-feira (7), uma nova regra que não permitirá que editores e criadores do YouTube monetizem conteúdo que negue a existência de mudanças climáticas.

O documento detalhou os motivos da mudança e explicou o que será aceito a partir de agora.

“Hoje, estamos anunciando uma nova política de monetização para anunciantes, editores e criadores do YouTube do Google que proibirá anúncios e monetização de conteúdo que contradiga o consenso científico bem estabelecido sobre a existência e as causas das mudanças climáticas”, disse o Google Ads em parte do comunicado.

E continuou, “Isso inclui conteúdo que se refere às mudanças climáticas como uma farsa ou fraude, alegações que negam que as tendências de longo prazo mostram que o clima global está esquentando e alegações que negam que as emissões de gases de efeito estufa ou a atividade humana contribuem para a mudança climática”.

Segundo o Google, a nova regra, que passa a valer em novembro, foi criada a pedido de anunciantes e de criadores de conteúdo que não querem ser associados a discursos negacionistas.

Ou seja: a nova regra é uma via de mão dupla; proíbe criadores de conteúdo (que recebem dinheiro) e também os anunciantes (que pagam) de negarem a emergência climática.

A empresa também explicou que usará uma combinação de ferramentas automatizadas e revisores humanos para aplicar a nova regra que conseguirá diferenciar discursos negacionistas de debates em relação aos mesmos assuntos.

Anúncios ainda serão permitidos sobre tópicos climáticos, como debates públicos sobre políticas climáticas e pesquisas, segundo o Google.

O aumento de ações contra os que negam a mudança climática marca a segunda grande mudança na política de desinformação do Google nos últimos dias, cerca de uma semana atrás o YouTube proibiu a desinformação sobre vacinas.

Será um desafio para a companhia, considerando o volume gigantesco de vídeos e anúncios que a plataforma tem.

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