O Comissário de Saúde e Deficiência da Nova Zelândia (HDC) advertiu uma acupunturista por ter ido fundo demais. Na segunda-feira (9), o comissário Anthony Hill divulgou um relatório determinando que a praticante de acupuntura violou o código dos Direitos dos Consumidores de Saúde e Deficiência quando transformou os pulmões de sua cliente em almofadas de alfinetes.
De acordo com o relatório — repercutido pela primeira vez pelo New Zealand Herald — em 2 de março de 2018, a cliente estava em tratamento para uma lesão no pulso e braço esquerdo. A acupunturista enfiou duas agulhas nos pontos de pressão “Jian Jing” da mulher, cuja identidade foi preservada, na parte superior de seus ombros.
A cliente disse ao HDC que as agulhas pareciam estar “extremamente profundas”. Meia hora depois, a médica removeu as agulhas e a cliente “sofreu um início repentino de dor no peito do lado direito e falta de ar”, de acordo com o relatório do HDC.
Em uma frase horrível, que eu nunca tinha ouvido antes, o relatório diz que a cliente (ou vítima?) começou a experimentar a sensação de ‘ar’ em volta dos dois pulmões” — uma sensação que você definitivamente nunca deveria sentir ao redor dos pulmões.
A acupunturista teria dito à paciente para repousar como forma de aliviar a dor. Quando a mulher se deitou em casa, notou que o lado direito do peito estava dormente e o lado esquerdo doía. Então, seu marido a levou a uma clínica médica, que a encaminhou para uma sala de emergência. Lá, ela foi diagnosticada com pulmões colapsados.
A acupunturista contou à HDC que disse à cliente que o colapso do pulmão era um pequeno risco dessa colocação da agulha. No entanto, a cliente disse à HDC que a médica não alertou que as agulhas estariam perto dos pulmões ou que a colocação poderia causar uma lesão.
O comissário Hill ficou do lado da paciente e decidiu que a acupunturista violou o código de saúde por não informar adequadamente a cliente sobre os riscos e por não obter consentimento por escrito antes de colocar agulhas em seu corpo.
Hill recomendou que a acupunturista passasse mais treinamentos em acupuntura e solicitasse ao auditor que determine se ela está fornecendo informações adequadas e obtendo consentimento dos clientes. A médica deve, então, mostrar à HDC os resultados da auditoria e a prova de educação continuada.
Se você decidir fazer algum tratamento de acupuntura depois de ficar sabendo desse caso horroroso, pelo menos pergunte quais seriam as possíveis lesões.