Adeus, Google: Huawei lança HarmonyOS NEXT sem apps do Android
A Huawei apresentou oficialmente seu novo sistema operacional mobile, o HarmonyOS NEXT. O lançamento é um marco na história da gigante chinesa e marca o fim definitivo da dependência do ecossistema do Google — uma vez que não possui suporte para aplicativos desenvolvidos para o sistema Android.
Segundo informações compartilhadas pela companhia, mais de 15 mil aplicativos desenhados para a plataforma já estão disponíveis nos canais digitais para download. Na prática, isso é um bom começo para a empresa, mas ainda está bem longe dos apps disponíveis na Play Store e App Store.
Entre as aplicações confirmadas pela companhia estão plataformas de e-commerce, sistemas de pagamento digital além de redes sociais como o Xiaohongshu — conhecido como “Instagram chinês” –, e o Douyin, maneira como o TikTok é conhecido no país asiático.
A interface lembra bastante o sistema Android, deve equipar os smartphones e tablets da marca. E, assim como o iOS, da Apple, o HarmonyOS Next será um sistema fechado.
A chinesa afirmou que o sistema operacional possui atualmente 110 milhões de linhas de código e melhora o desempenho geral de aparelhos em até 30%. Além disso, o HarmonyOS NEXT pode aumentar a autonomia de energia do aparelho em média 56 minutos, além de economizar 1,5 GB de memória.
Ao portal The Register, a Huawei afirmou que não tem planos de liberar o novo sistema operacional fora da China.
Sanções dos Estados Unidos
A gigante chinesa passou a buscar alternativas para se manter relevante no mercado mobile após receber sanções dos Estados Unidos em 2019. Uma das restrições da Huawei na ocasião foi o acesso ao Google Mobile Services. Ele foi um duro golpe para a empresa que vinha crescendo exponencialmente no segmento de tecnologia.
Além de superar restrições de hardware e voltar a lançar smartphones com suporte ao 5G, por exemplo, a companhia conseguiu concretizar seus planos de se tornar completamente independente do Android, o que é maus uma importante conquista.
Agora, a gigante chinesa busca recuperar sua posição de líder no mercado da China, o maior consumidor de smartphones do planeta.
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