A novidade apresentada por pesquisadores da Universidade de Cornell, nos EUA, é uma alternativa aos plásticos termofixos convencionais. Estes são resistentes devido à estrutura de polímeros reticulados, impossíveis de reciclar.
O resultado foi publicado em um artigo na revista Nature. De acordo com o pesquisador Reagan Dreiling, um dos membros da equipe, em um comunicado à imprensa (via Xataka), “todo o processo, da criação à reutilização, é mais ecológico do que os materiais atuais”.
Como é feito o novo plástico reciclável?
A criação do novo plástico utiliza di-hidrofurano, um monômero circular com ligações duplas que pode ser criado a partir de materiais biológicos. A partir dele, é feito um processo de dupla polimerização, cujo segundo resulta em um polímero reticulado.
A primeira parte corta e une as estruturas circulares do di-hidrofurano, criando um polímero flexível e macio reciclável e degradável em ácido.
Então, ainda com parte do monômero intacta, na segunda polimerização, que endurece o material final, os monômeros circulares se entrelaçam e se unem entre si e com o polímero do primeiro processo devido à sua ligação dupla, sem mudar de sua estrutura circular para uma linear.
O polímero resultante é reciclável com o uso de calor e pode se degradar naturalmente no meio ambiente.
Além disso, o material pode ser alterado por variáveis do processo, como o tempo da reação ou a quantidade de catalisadores, oferecendo uma gama de materiais possíveis. Por exemplo, alterando a luz no processo, pode-se obter um plástico mais duro ou mais flexível.
Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.
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