Ciência

Adultos com TDAH correm maior risco de desenvolver demência, diz estudo

Segundo pesquisa, ter transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) na vida adulta aumenta em até 3 vezes o risco de demência
Imagem: geralt/ Pixabay/ Reprodução

Adultos com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) têm quase três vezes mais probabilidade de desenvolver demência. É o que aponta um novo estudo da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, publicado na revista JAMA Network Open.

Entenda a pesquisa

Para compreender a relação entre TDAH e demência, os pesquisadores acompanharam mais de 100 mil adultos de Israel ao longo de 17 anos. 

Assim, entre 2003 e 2020, os cientistas puderam investigar a ocorrência de distúrbios neurológicos, considerando o estilo de vida e outros problemas de saúde dos participantes.

Ao fim do período de pesquisa, eles descobriram que a presença de TDAH em adultos estava associada a um risco significativamente maior de demência, incluindo a doença de Alzheimer. 

Isso aconteceu mesmo quando outros fatores de risco para demência foram levados em consideração, como doenças cardiovasculares.

Dessa forma, os cientistas reforçam que os sintomas de déficit de atenção e hiperatividade na velhice não devem ser ignorados. Em geral, eles recomendam que os sinais do transtorno sejam sempre discutidos com médicos.

“Os médicos, clínicos e cuidadores que trabalham com adultos mais velhos devem monitorar os sintomas de TDAH e os medicamentos associados”, disse Abraham Reichenberg, autor sênior do estudo.

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o TDAH é um dos transtornos mentais mais comuns. Ele afeta cerca de 8% das crianças no mundo e tende a acometer mais os meninos.

De maneira geral, o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade afeta a capacidade de concentração de um indivíduo. Além disso, ele pode gerar hiperatividade e impulsividade.

Apesar de ser mais comum a detecção de TDAH em crianças, ele também se manifesta em adultos, reduzindo a capacidade deles de compensar o declínio cognitivo depois do diagnóstico.

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Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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