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Agência Espacial Europeia vai “derrubar” satélite de estudos sobre o clima

Reentrada assistida da Aeolus na Terra pretende reduzir as chances de detritos da espaçonave caírem em áreas povoadas

Satélite Aeolus, da ESA, que mede ventos na Terra

A ESA (Agência Espacial Europeia) anunciou nesta quarta-feira (19) que vai fazer o retorno de sua espaçonave Aeolus à Terra. Esta será a primeira “reentrada assistida” de um operador de satélite, de acordo com a instituição.

Uma série de manobras vai reduzir gradualmente a distância entre a nave e o planeta a fim de fazê-la despencar sobre o Oceano Atlântico até a próxima sexta-feira (28). As informações são do SpaceNews.

O processo começa na segunda-feira (24), diminuindo a distância da nave de 280 para 250 quilômetros. Posteriormente, na quinta-feira (27), descerá ainda mais, para 150 km. Tudo isso até chegar, enfim, a 120 km, no dia 28.

“Após a execução dessa última manobra, espera-se que o satélite volte dentro de cinco horas”, disse a diretora de operações da Aeolus, Isabel Rojo.

Lançada em 2018, a missão da Aeolus chegou ao fim em abril deste ano. Seu objetivo era medir a velocidade do vento a nível global, a fim de melhorar as previsões meteorológicas. O sucesso da nave já garantiu a aprovação de uma segunda missão para acompanhamento de satélites, a Aeolus 2, no final desta década.

Em 2019, ela teve que manobrar para não colidir com satélites da SpaceX, de Elon Musk. Relembre o ocorrido nesta matéria do Giz Brasil.

Por que a Aeolus, da ESA, terá uma reentrada assistida?

A intenção é reduzir as chances de detritos da espaçonave pousarem em áreas povoadas, assim como acontece com os foguetes, com lixo espacial atingindo alguém. A ESA espera que até 20% da nave sobreviva à reentrada.

A agência ainda anunciou que deve trabalhar com fabricantes europeus de satélites em uma “Carta de Detritos Zero”, se comprometendo, até 2030, a retirar seus satélites de órbita no final de suas vidas.

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