Ao longo de sua história, a Coreia do Sul foi atingida por dois tufões notáveis: o Sarah, em 1959, e o tufão Maemi, em 2003. Duas décadas depois, um novo fenômeno está prestes a chegar no país — desbancando as tempestades anteriores no quesito potencial de devastação.
Estamos falando do tufão Hinnamnor, considerado grande o suficiente para cobrir as cidades de Seul e Busan. Seus ventos devem atingir o país asiático nesta terça-feira (6) a uma velocidade de 185 quilômetros por hora, entrando na categoria três da escala de furacões Saffir-Simpson.
De acordo com a Administração Meteorológica da Coreia do Sul, o tufão deve atingir nesta terça-feira (6) a ilha turística de Jeju por volta da 1h (horário local) e as cidades costeiras do sul às 7h.
This evening’s satellite picture of Typhoon #Hinnamnor near South Korea #TyphoonHinnamnor #台風11号 pic.twitter.com/K6Zu1Dt8Yd
— Zoom Earth (@zoom_earth) September 5, 2022
Cerca de 200 moradores de Busan foram evacuados nesta segunda-feira (5). Porém, as autoridades temem que o tufão Hinnamnor atinja a usina nuclear de Kori, localizada próxima a cidade de Ulsan. O impacto de fenômenos climáticos em usinas de energia pode ser bastante catastrófico, como foi visto em 2011 após o tsunami que atingiu Fukushima, no Japão.
De toda forma, o país já está se preparando para o pior. Três dos reatores nucleares tiveram o funcionamento reduzido para menos de 30%, como forma de prevenir os estragos do tufão. A maior refinaria de petróleo da Coreia do Sul, a SK Innovation Co., também suspendeu a entrada de navios de petróleo bruto em seu porto de Ulsan.
O tufão levou ainda ao fechamento de portos e o cancelamento de mais de 170 voos domésticos na Ásia. Escolas na Coreia do Sul também foram fechadas para a segurança da população.