Quando a Amazon joga sujo, quem perde é você

Nos EUA, a Amazon envia de tudo em questão de dias, fornece um acervo crescente de filmes e programas de TV, tudo por um ótimo preço. É fácil se apaixonar. Mas a cruzada recente da Amazon contra uma editora de livros é uma advertência desagradável de que a empresa faz de tudo para conseguir o […]

Nos EUA, a Amazon envia de tudo em questão de dias, fornece um acervo crescente de filmes e programas de TV, tudo por um ótimo preço. É fácil se apaixonar. Mas a cruzada recente da Amazon contra uma editora de livros é uma advertência desagradável de que a empresa faz de tudo para conseguir o que quer – mesmo se for um problema para você.

No início deste mês, a Amazon começou uma guerra nos bastidores com a editora Hachette, depois de problemas nas negociações contratuais entre a loja e a editora de Nova York.

Então os livros da Hachette de repente começaram a ficar mais caros apenas no site da Amazon, e eram cercados por sugestões de outros livros não-Hachette que os leitores poderiam preferir. Quem comprou um livro apesar de tudo isso precisava esperar duas semanas ou mais para a entrega, sem nenhuma explicação (e sem o livro estar em falta).

E está ficando pior. Agora a Amazon se recusa a fazer encomendas de sucessos da Hachette, como o novo romance de JK Rowling. Enquanto isso, como aponta o New York Times, outros títulos populares estão disponíveis exclusivamente em audiobooks de US$ 60.

Não é a primeira vez que a Amazon pressiona as editoras: em 2010, milhares de títulos da MacMillian perderam o botão “Comprar” após uma disputa de preços de ebook. No entanto, este é um lembrete útil de que a Amazon está disposta a cortar parte do acervo só porque as negociações não lhe agradaram.

A tendência inexorável da Amazon em oferecer preços menores que outras empresas definitivamente tem suas vantagens para clientes como eu e você, mesmo à custa de lucros de curto prazo. Mas acrobacias como esta chamam a atenção para uma coisa: ao atrair clientes com itens baratos e fáceis de comprar, a Amazon transforma concorrentes em showroom de livros – você dá uma olhada na loja física e compra pela internet.

Dessa forma, a Amazon acumula cada vez mais poder. E quando alguém fica no caminho, o cliente é só um detalhe. É uma trajetória semelhante à do Walmart nos anos 90, que se tornou um gigante do varejo nos EUA, com receita de US$ 476 bilhões no último ano.

A boa notícia é que ainda há muitas alternativas à Amazon nos EUA, e nunca houve um melhor momento para experimentá-las. [New York Times]

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