Amazon desiste de comprar empresa que fabrica robôs aspiradores

A Amazon encerrou o processo de aquisição da iROBOT, empresa especializada na fabricação de robôs de limpeza. A decisão, tomada em comum acordo entre as duas companhias, foi motivada por “obstáculos regulatórios” impostos pela União Europeia.

Mesmo com a decisão mútua, a gigante do e-commerce precisará pagar uma multa de US$ 94 milhões pela rescisão.

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Informações do The Wall Street Journal revelam que autoridades europeias que regula, concorrência de mercado estavam inclinadas a rejeitar a aquisição, que girava em torno de US$ 1,7 bilhões. Isso por conta de preocupações sobre um possível de monopólio na vendas de produtos tecnológicos do segmento de limpeza.

A iROBOT ainda está passando por uma reestruturação interna que envolve demissão de 350 pessoas, o que corresponde a 30% de toda a sua força de trabalho.

O CEO e presidente da companhia, Colin Angle, também está de saída do cargo, e vai dar lugar a dois outros profissionais. Seu desligamento da empresa foi decidido mutuamente entre ele e o conselho de administração.

Em breve, Glen Weinstein, atual diretor jurídico, assumirá o cargo de CEO, enquanto Andrew Miller, considerado o principal diretor independente do conselho, ficará com o cargo de presidente.

Movimento comum

Desistências em processo de aquisições não são incomuns no mundo dos negócios, já que, além do investimento financeiro, as fusões precisam ser autorizadas por órgãos reguladores de mercado — que são especialmente exigentes nos EUA, União Europeia e Reino Unido.

A Adobe, por exemplo, rescindiu o acordo de compra do Figma, plataforma de design baseada em nuvem, por US$ 20 bilhões em razão de restrições regulatórias. A proprietária do Photoshop considerou que, se atendesse as exigências de autoridades europeias e britânicas, não teria benefícios significativos com a conclusão do negócio. A multa a ser paga pela desistência é avaliada em aproximadamente US$ 1 bilhão.

A Microsoft por muito pouco não conseguiu fechar a aquisição da Activision Blizzard, e precisou realizar algumas concessões para estar de acordo com as exigências dos reguladores, cedendo direitos de jogos em nuvem para a Ubisoft e fechando acordos para garantir a franquias populares em plataformas concorrentes.