A Microsoft poderá, finalmente, concluir a compra da Activision Blizzard — o maior negócio da história da indústria dos games. Uma juíza da cidade de São Francisco, na Califórnia, indeferiu o pedido de bloqueio da aquisição, feito pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC). O órgão julgava que a compra poderia se configurar uma prática anticompetitiva.
Embora o órgão ainda possa recorrer da decisão, a decisão é uma ótima notícia para a empresa, que vem tendo dificuldades em dar prosseguimento à compra. O acordo pela aquisição foi anunciado em janeiro do ano passado, mas vem sendo rigorosamente analisado por reguladores de concorrência de mercado em todo o mundo.
Na decisão, a magistrada concordou que, devido à magnitude da aquisição, o acordo merece, sim, passar por uma rígida investigação.
Por outro lado, ela divergiu da tese de que a compra pode iniciar um monopólio no segmento e prejudicar empresas concorrentes com a exclusividade de franquias populares como “Call of Duty”.
O presidente da Microsoft, Brad Smith, se mostrou aliviado com o veredito e afirmou que as atenções da companhia agora se voltarão para a CMA (Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido).
A decisão da justiça americana permite que o acordo seja firmado até 18 de julho, que é o prazo final para o fim das negociações. No entanto, a situação ainda é complicada, já que a gigante da tecnologia também precisa chegar a um acordo com a CMA. Caso não receba aprovação na região, a Microsoft pode ser impedida de atuar no segmento de games no Reino Unido.
A Microsoft chegou a um acordo pela compra da Activision Blizzard por US$ 68,7 bilhões. Além da já citada franquia “Call of Duty”, a empresa é dona de séries populares como “World of Warcraft”, “Diablo” e “Overwatch”.
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