Nova placa de vídeo mais barata é a arma da AMD para a realidade virtual
A AMD sofre forte concorrência nos dois principais mercados em que atua: da Intel em processadores, e da Nvidia em placas de vídeo. Ela está reagindo nos dois fronts com uma estratégia principal: preços baixos.
A nova placa de vídeo AMD Radeon RX 480 é pensada para a realidade virtual e custará apenas US$ 199 quando for lançada em junho. Ela tem mais de 5 teraflops em poder de computação, desempenho próximo à Nvidia GTX 1070 – que sai por US$ 379.
A RX 480 tem certificação para ser usada com o Oculus Rift e o HTC Vive, principais headsets de realidade virtual no mercado. Haverá versões com 4 GB e 8 GB de VRAM, e elas terão a arquitetura AMD Polaris – que usa um processo de fabricação de 14nm para gerar menos calor. O TDP – máximo de energia dissipada – é de 150W, contra 190W no modelo equivalente do ano passado (R9 380).
Claro, também é possível usar duas placas RX 480 conectadas via CrossFire; em uma demonstração, elas foram mais rápidas que a GTX 1080 – top de linha da Nvidia – ao rodar Ashes of Singularity. Vale lembrar que duas RX 480 são mais baratas que uma GTX 1080 (que custa US$ 599).
As placas da AMD chegaram a 62,5 fps usando pouco mais da metade de sua capacidade total, enquanto a placa da Nvidia só chegou a 58,7 fps e estava próxima dos 100%. Claro, como o jogo foi otimizado pela AMD, teremos que esperar por benchmarks do mundo real para um julgamento definitivo.
A AMD tem 23% do mercado de placas de vídeo, contra 77% da Nvidia, segundo a Mercury Research. Em chips gráficos para laptop, a participação é maior: 39%.
Durante a feira Computex, a AMD também aproveitou para anunciar sua nova linha de processadores para laptops. A sétima geração do AMD FX, top de linha da empresa, promete desempenho de CPU 51% maior e performance gráfica 53% maior que o Core i7 móvel mais rápido. Ele também usa 12% menos energia que a geração anterior.
Também temos os processadores A12 e A10, para concorrerem com diferentes versões do Core i5/i7; o A9, para competir com o Core i3; e chips A6 e E2 para o low-end. Eles já estão sendo usados pela Dell, HP, Asus e Lenovo em laptops que serão lançados ainda este ano.
A AMD terminou o ano passado com 12,1% do mercado de processadores x86, perdendo ainda mais espaço para a Intel – que chegou a 87,7%.