Andy Rourke, célebre baixista dos Smiths, morre de câncer aos 59 anos
O mundo da música foi atingido por uma grande perda: a morte de Andy Rourke — o icônico baixista da banda britânica de rock alternativo, The Smiths, aos 59 anos. A notícia foi confirmada por seus representantes e colegas de banda como o guitarrista Johnny Marr nesta sexta-feira (19), marcando o fim de uma carreira influente.
A luta de Rourke contra o câncer de pâncreas foi compartilhada através de um anúncio comovente em suas redes sociais. O post destacou suas inestimáveis contribuições como músico, enquanto retratava a imagem de uma alma gentil e bela.
Nascido em Manchester, na Inglaterra, o estilo único de tocar baixo de Rourke moldou o som distinto de uma das bandas inglesas mais amadas dos anos 80.
As músicas da banda The Smiths lideraram as paradas da época, como “There Is a Light That Never Goes Out” e “How Soon Is Now?”. Em 1988, o Washington Post definiu os Smiths como uma das melhores bandas da década.
Johnny Marr, o guitarrista da banda, compartilhou suas memórias de Rourke, remontando a amizade deles a 1975, quando eram apenas estudantes.
https://www.instagram.com/p/CsaqUJcNQcj/
A jornada de ambos na música, em Manchester, e o subsequente reconhecimento mundial com The Smiths, permitiram a Rourke redefinir o papel do baixista.
Johnny Marr também recordou a última apresentação ao vivo de Rourke no Madison Square Garden, em 2022, um momento que Marr descreveu como uma mistura de orgulho pessoal e tristeza.
Mike Joyce, baterista dos Smiths, juntou-se às homenagens, lembrando Rourke como uma pessoa calorosa e bem-humorada.
Not only the most talented bass player I've ever had the privilege to play with but the sweetest, funniest lad I've ever met. Andy's left the building, but his musical legacy is perpetual. I miss you so much already. Forever in my heart mate.
— Mike Joyce (@mikejoycedrums) May 19, 2023
Andy Rourke pós-Smiths
Após a separação dos The Smiths, em 1987, Andy Rourke colaborou como baixista para uma série de artistas, incluindo os Pretenders e o Badly Drawn Boy. Além disso, ele também se juntou ao supergrupo Freebass, composto por baixistas dos Stone Roses e Joy Division.
O polêmico ex-vocalista dos Smiths, Morrissey, publicou sobre a morte de Andy Rourke afirmando que não “usaria” a morte do ex-parceiro de forma bajuladora. Morrissey, no entanto, comentou sobre a carreira de Rourke após o fim da banda, elogiando sua identidade.
“Andy era muito, muito engraçado e muito feliz, e pós-Smiths, manteve uma identidade constante — nunca qualquer movimento fabricado. Eu suponho que, no fim de tudo, esperamos sentir que fomos valorizados. Andy não precisa se preocupar com isso”, disse.
Embora fosse principalmente um baixista, Rourke também trabalhou como DJ. Após o período com The Smiths, ele participou várias colaborações musicais e projetos. Posteriormente, ser DJ foi uma parte de seu repertório.
Como DJ, Rourke se apresentou em vários eventos e locais, muitas vezes tocando sets que misturavam faixas de indie, alternativo e rock clássico.
No Brasil, sua primeira apresentação como DJ ocorreu em maio de 2007, quando levou 1.300 pessoas para o Clash Club, em São Paulo. Aliás, essa apresentação foi o recorde de público da casa. Por isso, em novembro do mesmo ano, Rourke voltou a se apresentar no Brasil, novamente no Clash.
Posteriormente, em 2011, Andy Rourke foi a principal atração da festa “O Rock Morreu? Não Aqui“, no Beco 203, também em São Paulo. Voltou a SP em 2014, quando acompanhou Johnny Marr em turnê. Contudo, Rourke se considerava apenas um baixista. Sua atuação como DJ era, portanto, um hobby.