
Anomalia no Mar Báltico: o que era o “objeto” misterioso achado no fundo do mar
Em 2011, a empresa de exploração de águas profundas Ocean X Team encontrou, em uma expedição no Mar Báltico, um objeto gigante não identificado. Agora, anos após a repercussão da “Anomalia do Mar Báltico”, no final de janeiro, a equipe anunciou uma nova missão no Panamá.
Ao lado do povo indígena Guna Yala, eles irão explorar o naufrágio do Maurepas. Bem como buscar outros tesouros nas águas locais. A expedição é aberta para pessoas de fora e, de acordo com a equipe, “quaisquer artefactos valiosos recuperados serão devolvidos ao povo Guna Yala”.
Relembre o caso do objeto misterioso no Mar Báltico
Há mais de uma década, a uma profundidade de cerca de 91 metros, uma imagem de sonar capturou um registro da estrutura, comparada à nave Millennium Falcon de “Star Wars”. Em pesquisas na terra, os exploradores perceberam que o objeto causava interferências em eletrônicos em distâncias de até 200 metros.
Os pesquisadores consideraram diversas possibilidades, como a de se tratar de um OVNI (objeto voador não identificado), asteroides, material vulcânico ou um submarino da Segunda Guerra Mundial, por exemplo. Em um artigo de 2014 da Earth We Are One, o fundador e CEO da companhia, Dennis Åsberg, disse estar “cem por cento convencido e confiante” de ter encontrado algo “muito, muito, muito único”.
No entanto, a ciência a explicação científica para o mistério foi muito mais simples. De acordo com o professor de geologia Volker Brüchert, da Universidade de Estocolmo, as amostras revelaram ser granitos, gnaisses e arenitos. Ou seja, rochas comuns em uma bacia glacial como o Mar Báltico.
A única surpresa foi um único pedaço de rocha basáltica (lava endurecida). Porém, até mesmo esse item tinha uma razão para estar no local.
“Como toda a região norte do Báltico é tão fortemente influenciada por processos de degelo glacial, tanto a feição quanto as amostras de rocha provavelmente se formaram em conexão com processos glaciais e pós-glaciais. Possivelmente essas rochas foram transportadas para lá por geleiras”, explicou Brüchert à Live Science em 2012.