A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou na manhã desta quinta-feira (15) o resultado da avaliação técnica sobre o pedido de uso da vacina da Pfizer em crianças. Apesar da aprovação, a liberação efetiva do imunizante para os pequenos de 5 a 11 anos e os critérios para aplicação dependem, agora, do Ministério da Saúde.
A formulação da vacina é diferente para a faixa etária: as crianças recebem apenas um terço (10 mg) da dose oferecida aos maiores de 12 anos. A composição também foi alterada para essa faixa etária.
Para evitar confusões na hora da aplicação, os frascos foram modificados. As vacinas para crianças vem em uma embalagem com tampa laranja, levam apenas seis doses e podem ficar armazenadas por até dez semanas. Até o momento, o governo brasileiro não comprou as doses infantis.
Os resultados apresentados mostram uma eficácia de 90% da vacina para crianças. Durante a reunião, foi dito que o desempenho do imunizante é tão satisfatório na faixa etária de 5 a 11 anos quanto na população adulta. Além disso, não foram relatadas reações adversas significativas.
Crianças estão recebendo a vacina da Pfizer nos Estados Unidos desde o início de novembro. Emirados Árabes Unidos e Bahrein também já oferecem o imunizante para a faixa etária. Nesta semana, países europeus, como Alemanha e Grécia, começaram a vacinar suas crianças como forma de evitar o avanço da variante ômicron.
Coronavac
Além da vacina da Pfizer, é esperado que outros imunizantes sejam aprovados para as crianças em breve. Nesta quarta-feira (15), o Instituto Butantan entrou com um pedido à Anvisa para oferecer a Coronavac à faixa etária de 3 a 17 anos.
Essa é a segunda vez que o instituto faz a solicitação à agência. Outro pedido, feito em julho deste ano, foi negado devido a limitação de dados no estudo que testou a eficácia. A Anvisa tem 30 dias para avaliar a nova requisição.