A AOL está de volta ao Brasil, mas não é para oferecer conexão discada

A AOL mudou bastante desde que deixou o Brasil em 2005. Agora, ela está de volta ao país em parceria com a Microsoft.

A AOL mudou bastante desde que deixou o Brasil em 2005. Ela adquiriu grandes sites de tecnologia, passou a oferecer ferramentas de publicidade, e foi comprada pela operadora americana Verizon. Agora, ela está de volta ao país em parceria com a Microsoft.

Segundo o IDG Now, a AOL quer se tornar uma das três líderes no mercado brasileiro de anúncios na internet, junto ao Google e Facebook. Ela tem uma plataforma de publicidade online que chega a 800 milhões de usuários únicos no mundo.

E ela contará com uma bela ajuda da Microsoft. Até 2025, a AOL será a responsável pela publicidade digital atrelada ao Outlook, Skype, portal MSN e console Xbox em nove mercados, incluindo EUA e Brasil.

No ano passado, 1.200 funcionários da Microsoft que trabalhavam com anúncios foram transferidos para a AOL. Com o acordo, o buscador padrão nos sites da AOL passou a ser o Bing, não mais o Google.

A empresa também é dona dos sites Huffington Post, Engadget e TechCrunch. Marcos Swarowsky, diretor geral da AOL Brasil, diz ao IDG Now: “temos interesse em trazer publicações como TechCrunch e Makers para o Brasil, mas em um segundo momento”.

A AOL deixou para trás os tempos de provedora de internet discada. Há um ano, ela ainda tinha 2,1 milhões de assinantes, mas esse serviço vem sendo lentamente encerrado, agora que a empresa faz parte de uma operadora de banda larga – ela foi comprada pela Verizon por US$ 4,4 bilhões. Cerca de 70 pessoas foram demitidas da divisão Membership da AOL, que cuidava das assinaturas.

No Brasil, a AOL nunca decolou como provedora. Segundo a Info, os CD-ROMs com navegador proprietário não conquistaram os brasileiros, e “o próprio mercado de provedores de internet começou a não fazer muito sentido com o surgimento de provedores gratuitos e o advento da banda larga”. Além disso, “ficou claro que as fontes de receita não seriam as assinaturas de provedor, e sim o faturamento publicitário” – daí a AOL virar uma concorrente do Google em anúncios online.

[IDG Now]

Foto por Jason Persse/Flickr

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