_Ciência

Após defeito na Starliner, satélite da Boeing explode no espaço

Além dos problemas com a nave Starliner e greves na divisão de aviação comercial, a Boeing leva mais um golpe com a explosão do satélite.

Satélite da Boeing explode no espaço e causa mais problemas para a empresa

No último sábado (19), um satélite de comunicações fabricado pela Boeing explodiu no espaço. O novo incidente expõe ainda mais os problemas da empresa, principalmente, após toda a polêmica com a nave Starliner.

Uma “anomalia” causou a explosão em órbita geoestacionária do satélite IS-33e, que pertencia à Intelsat, fornecedora de serviços de comunicação via satélite. A Força Espacial dos EUA informou que está rastreando cerca de 20 pedaços do satélite que vagam pelo espaço após a explosão.

De acordo com um comunicado oficial da empresa na última segunda-feira (21), a anomalia causou a “perda total” do satélite. “Planos de migração e restauração de serviços já estão em curso por toda a frota de satélites da Intelsat e de empresas terceirizadas”, diz o comunicado.

As possibilidades incluem desde falhas de construção do satélite até mesmo ele ter sido atingido por um pedaço de lixo espacial ou micrometeoróide. No entanto, a empresa não detalhou a causa da desintegração do equipamento, mas afirmou que fará uma “análise completa do incidente”.

Porém, vale ressaltar que, em 2017, a Intelsat revelou que o mesmo satélite IS-33e estava usando mais combustível que o necessário para se manter em órbita.

Satélite construído pela Boeing

Lançado em 2016, o satélite pesava mais de 6,3 toneladas, com design e fabricação pela Boeing. Ele tinha o objetivo de oferecer serviços de banda larga, incluindo internet e comunicação móvel. A explosão do satélite afetou consumidores na Europa, África e Ásia e também a própria Boeing.

Até então, a Boeing não publicou uma nota oficial sobre a explosão do satélite. Porém, a Intelsat afirmou trabalhar com a fabricante, bem como agências governamentais, para analisar dados e observações do incidente.

Aliás, o IS-33e foi o segundo satélite que a Boeing lançou como parte de sua plataforma de “nova geração” EpicNG.

Vale lembrar que o ano de 2024 não tem sido nada bom para a gigante do setor aeroespacial. A empresa enfrenta crises em diferentes frentes, como as falhas no sistema de propulsão da nave comercial Starliner, além de problemas no controle de qualidade de foguetes da Boeing que serão usados nas missões Artemis — ambos encomendados pela NASA.

Além do espaço, a empresa também enfrenta incidentes em terra, como no episódio do avião que perdeu a porta em pleno voo em janeiro, bem como e greves na divisão de aviação comercial

Sair da versão mobile