Apple bane apps relacionados a cigarros eletrônicos da App Store

Apple atualizou as diretrizes da App Store, e agora é proibido ter apps que incentivem ou sejam relacionados a cigarros eletrônicos.
Homem expelindo fumaça após usar cigarro eletrônico/vaporizador
AP

A Apple eliminou da App Store 181 apps sobre cigarros eletrônicos, citando preocupações recentes com doenças e mortes relacionadas ao uso de tais produtos.

Na sexta-feira, apps relacionados à cigarros eletrônicos não poderão ser mais adicionados à plataforma, segundo reportou o Axios. A Apple confirmou ao Gizmodo que usuários que baixaram os apps relacionados ainda poderão usá-los e transferir eles para novos dispositivos Apple. Em um comunicado, a companhia disse que atualizou as diretivas da App Store para incluir uma linguagem que barre apps que encorajem o uso de cigarros eletrônicos e vaporizadores.

“Tomamos muito cuidado com a curadoria da App Store como um local seguro para nossos consumidores, particularmente jovens, para baixar apps. Estamos constantemente avaliando aplicativos, e consultando as últimas evidências para determinar os riscos à saúde e ao bem-estar”, disse a Apple. “Recentemente, especialistas do CDC [Centros de Controle e Prevenção de Doença dos EUA] até da American Heart Association atribuíram uma variedade de lesões e fatalidades nos pulmões a produtos de cigarro eletrônico e vaporizadores, chegando a chamar a disseminação desses dispositivos de crise de saúde pública e epidemia entre os jovens. Concordamos e atualizamos nossas diretrizes de revisão da App Store para refletir que aplicativos que incentivam ou facilitam o uso desses produtos não são permitidos”.

A nova diretriz da App Store agora proíbe apps que encorajem o “consumo de tabaco e produtos vaporizadores, drogas ilegais ou quantidades excessivas de álcool”, apps que encorajam o uso de substâncias por menores de idade, e quaisquer apps que facilitem a “venda de maconha, tabaco, ou substâncias controladas (exceto as farmácias licenciadas)”.

A Apple disse que não aprova novos apps relacionados a cigarros eletrônicos na App Store desde junho, depois de adicionar produtos vaporizadores a uma lista de itens barrados de serem promovidos por meio de sua plataforma. Embora a Apple nunca tenha permitido a venda de cartuchos por meio da App Store, os apps disponíveis para download incluíam coisas como apps de lojas, de jogos, notícias, redes sociais especialistas e apps que permitiam que os usuários controlassem ajustes dos seus cigarros eletrônicos.

Várias empresas do ramo têm aplicativos que estavam disponíveis anteriormente na App Store. A fabricante de cigarros eletrônico de maconha Pax, por exemplo, tem um aplicativo para controlar a saída de vapor e sabor, temperatura, bloqueio do dispositivo e atualizações de firmware. Esse aplicativo foi removido do serviço da Apple.

Enquanto isso, a Juul tem um aplicativo para seu dispositivo Juul C1 ainda disponível no Canadá. Esse aplicativo está disponível exclusivamente para Android, mas as vagas de emprego pareciam indicar que a empresa estava considerando um aplicativo para iOS.

Um porta-voz da Pax disse em um comunicado ao Gizmodo que a companhia está “muito preocupada e desapontada com a decisão da Apple de remover nosso app da loja”, adicionando que o app permitia que milhões de usuários nos 34 estados dos EUA, onde a maconha é legalizada de alguma forma, “controlassem a dose e corrigissem a temperatura da maconha legalmente adquirida e testada”.

Reguladores federais descobriram que a grande maioria das doenças relacionadas a cigarros eletrônicos estão ligadas à compra desses produtos em mercados alternativos — não aos cigarros eletrônicos regularizados. A Pax argumenta que o seu app ajuda os usuários a evitarem produtos perigosos.

“Além disso, após as notícias de doenças relacionadas a cigarros eletrônicos, nosso app fornecia aos consumidores informações detalhadas sobre o que contém no produto adquirido por eles, incluindo resultados de teste conduzidos por agências estaduais, perfis de terpeno e canabinoides e outras informações que possibilitam a educação e informação, além do consumo seguro de maconha legalizada”, concluiu o porta-voz da Pax. A Jull não retornou imediatamente um pedido de comentário do Gizmodo.

Não está claro se o Google seguirá o exemplo, e a empresa não respondeu ao Gizmodo quando questionada se tem planos nesse sentido. No entanto, caso decidisse proibir esses aplicativos, a empresa talvez aderisse a uma das ideias da Juul sobre manter esses produtos longe de menores de idade, ao exigir algum mecanismo de verificação de idade para desbloqueá-los.

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