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Apple cria implante cerebral que permite controlar iPhone por pensamento

Projeto quer permitir que pessoas com paralisia possam se comunicar com a mente, por meio de um implante cerebral

Apple cria implante cerebral que permite controlar iPhone por pensamento

Imagem: Synchron/Reprodução

A partir de uma parceria com a Apple, a startup americana Synchron está desenvolvendo uma nova tecnologia que usa um implante cerebral que permite a pessoas com paralisia se comunicarem por meio de iPhones ou iPads.

O sistema – considerado rival da Neuralink, de Elon Musk – foi desenvolvido para ser o menos invasivo possível. Ainda é necessária uma cirurgia, mas, no geral, a interface da Synchron é inserida na parte superior do córtex motor do cérebro por meio de vasos sanguíneos, sem a necessidade de ser implantada diretamente no tecido neural.

A empresa foi a primeira a obter aprovação da agência de saúde americana para realizar testes clínicos com humanos para uso de implantes cerebrais computadorizados.

Atualmente, o dispositivo está sendo testado por seis voluntários. Um deles, Rodney Gorham, um australiano que sofre da doença debilitante ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) conseguiu conversar com o editor do site Semafor. Quando perguntado como ele estava se sentindo, Gorham respondeu “Ótimo”, escrevendo em um iPad por meio do implante cerebral.

O dispositivo é treinado para reconhecer o sinal cerebral de toques no pé, para convertê-los em ações específicas. Para digitar, o paciente movimenta com a mente um cursor em uma tela para clicar em cada um dos caracteres que formam uma palavra ou frase.

Em 2021, Philip O’Keefe, outro australiano com ELA também foi notícia, ao conseguir publicar um post no Twitter usando apenas sua mente. Segundo ele, controlar o chip foi como aprender a andar de bicicleta, e uma vez que “se domina o sistema, torna-se natural”, disse ele.

Até o momento, a Synchron levantou US$ 70 milhões para arcar com custos de implantação e manutenção do dispositivo.

A ideia é que esses usuários possam enviar e-mails, acessar bancos ou mesmo fazer compras. Ainda segundo o Semafor, a Apple está buscando formas de fazer com que os dispositivos Synchron funcionem melhor e com menos latência para acelerar o processo, e tornar o cérebro humano como um dispositivo periférico, como seus AirPods ou Apple Pencil.

“Estamos entusiasmados com os produtos iOS e Apple porque eles são tão onipresentes. Esta seria a primeira entrada de interruptor cerebral nos dispositivos”, disse Tom Oxley, cofundador e CEO da Synchron.

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