Apple estuda substituir vidro e metal de iPhones por zircônia
A Apple registrou uma nova patente para o uso de um material cerâmico à base de zircônia. O objetivo é utilizá-lo na construção de futuros iPhones e Apple Watches.
De acordo com a Forbes, a patente se chama “Dispositivos Eletrônicos com Componentes Texturizados à Base de Zircônia” e promete um acabamento fosco aos produtos. A ideia é utilizar o material como um substituto para o vidro e o metal.
No caso do iPhone, o material cerâmico seria colocado na parte traseira do aparelho, principalmente nas versões “Pro”. Já no Apple Watch, a zircônia poderia ser utilizada na lateral que envolve a tela do relógio inteligente.
A Apple vem testando materiais cerâmicos em seus produtos há vários anos. A empresa chegou a lançar um Apple Watch Edition utilizando esse tipo de material, em 2016. Além disso, conforme lembrou o Phone Arena, as linhas iPhone 12 e iPhone 13 vêm com telas “Ceramic Shield”, oferecendo até quatro vezes mais resistência a quedas em comparação com os modelos anteriores.
Mas, afinal, o que é zircônia?
A zircônia – uma forma cristalina do dióxido de zircônio – é uma cerâmica monolítica durável, que apresenta alta dureza, força e resistência à corrosão química. Normalmente, o produto é utilizado como um substituto para o diamante em joias, assim como na fabricação de coroas artificiais para dentes.
De forma geral, o material é mais forte que as ligas de metal comuns ou o vidro – materiais estes que são utilizados para revestir celulares modernos. A desvantagem é que a produção de zircônia é mais cara, o que pode ajudar a encarecer (ainda mais) o preço dos iPhones.
Materiais cerâmicos já são usados em celulares rivais, como o Xiaomi Mi Mix 4 e o Galaxy S10+ Performance Edition. Porém, por ser considerado um material “premium”, ele ainda não é algo comum em smartphones.
Vale ressaltar que o simples registro da patente não significa necessariamente que a Apple utilizará de fato o material em futuros iPhones e Apple Watchs.