Cientistas encontram vida terrestre em amostras do asteroide Ryugu
Uma análise de amostras do asteroide Ryugu revelou que micróbios terrestres infestaram rapidamente os sedimentos, mesmo com os cientistas tomando todo o cuidado para evitar essa contaminação.
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Echo Dot 5ª geração | O Echo Dot com o melhor som já lançado | Cor PretaEm 2020, a sonda Hayabusa 2 voltou à Terra trazendo 5,4 gramas do asteroide de 4,5 bilhões de anos. Após o pouso na Austrália, cientistas transportaram a amostra do asteroide a um local no Japão.
Neste local, em Sagamihara, os cientistas japoneses abriram a cápsula em uma sala a vácuo, antes de mover as amostras para um local com nitrogênio pressurizado para armazenamento de longo prazo.
O nitrogênio preserva a pureza da amostra do asteroide para enviá-la a cientistas ao redor do mundo. Porém, uma das amostras do asteroide Ryugu, que chegaram às mãos dos cientistas britânicos, se contaminou com vida terrestre, conforme um estudo publicado no último dia 13.
Análise inicial não revelou vida terrestre no asteroide
De acordo com Matthew Genge, cientista do departamento de ciências terrestres do Imperial College de Londres e principal autor do estudo, quando a amostra chegou, ele e seus colegas analisaram a rocha com raio-X e não encontraram evidências de bactérias.
Contudo, três semanas depois, eles transferiram a amostra para uma resina e, posteriormente, observaram o pedaço do asteroide usando um microscópio eletrônico de varredura.
Durante essa observação, os cientistas britânicos ficaram surpresos ao encontrar bactérias. “Foi um momento empolgante. Mas, pelo que vi em estudos anteriores, eu sabia o quão fácil era para esse tipo de bactéria colonizar rochas”, afirmou Genge em comunicado.
Ao monitorar o crescimento das bactérias com microscópios eletrônicos de varredura, os cientistas descobriram que o número de bactérias apresentou uma alteração similar à de microrganismos.
Segundo os cientistas, essa alteração no número de bactérias é uma evidência de que as amostras do asteroide continham vida, mas vida terrestre. Para Genge, a amostra sofreu uma contaminação após ficar em uma resina.
O processo ocorreu em um laboratório que também estava estudando rochas espaciais terrestres. Essas rochas, geralmente, possuem bactérias que se adaptam para viver em tipos de rocha.
Portanto, os cientistas alertam que essa experiência de contaminação de vida terrestre deve servir como alerta para futuras missões de amostras de asteroides.
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