O surto de COVID-19 já passa de 90 mil atingidos, sendo mais de 10 mil fora da China, onde o coronavírus foi identificado pela primeira vez, no final de dezembro. Um dos locais mais afetados é a Itália, onde o número de casos confirmados já passa de 2 mil, com 52 mortes ligadas à doença. A Apple fechará uma de suas lojas no país no próximo fim de semana, atendendo a uma determinação do governo.
A Apple Store do Oriocenter, na província de Bérgamo, região da Lombardia, ficará fechada nos dias 7 e 8 de março. Um decreto assinado pelo presidente do Conselho de Ministros da Itália, Giuseppe Conte, determinou que lojas médias e grandes das províncias de Bérgamo, Lodi, Piacenza e Cremona fechem no próximo fim de semana.
A ideia parece ser evitar grandes aglomerações de pessoas e saídas de casa sem necessidade como forma de conter a disseminação do vírus.
Segundo o MacRumors, medidas semelhantes foram tomadas em outras regiões do país. A determinação não é inédita: lojas da Apple em Milão e em Bréscia foram fechadas por determinação do governo no último fim de semana (29 de fevereiro e 1 de março).
O AppleInsider também informa que a Apple enviou um memorando a seus funcionários com novas políticas para viagens para a Itália e para a Coreia do Sul ou mesmo desses locais para outras partes do mundo. Itália e Coreia do Sul são dois dos países mais afetados pelo surto de COVID-19.
As medidas lembram muito as que tinham sido tomadas em relação a viagens para a China ou saindo do país. Funcionários só podem viajar com autorização do vice-presidente da empresa.
Em fevereiro, a Apple fechou suas lojas e escritórios na China. Os escritórios já estão abertos novamente, mas nem todos os pontos de varejo voltaram a funcionar.
Como poderia se esperar de um surto desta dimensão, outras empresas também estão sendo afetadas pelo coronavírus. A Samsung culpou a epidemia pelos fracos números de vendas do Galaxy S20 na Coreia do Sul, enquanto Facebook e Google cancelaram suas conferências de desenvolvedores para evitar um contágio maior. No Brasil, fábricas deram férias coletivas a seus funcionários por falta de peças e componentes vindos da China.