Patente sugere que MacBooks podem ganhar versão na cor preta

Antes de começar a fabricar aparelhos em um alumínio fosco, a Apple apostava em MacBooks com acabamento preto que, ao que parece, têm sido um desafio para serem reintroduzidos no mercado. Mas uma nova patente sugere que a companhia descobriu uma maneira de dar aos seus MacBooks mais recentes esse mesmo acabamento mais escuro usando […]
Apple MacBook. Imagem: Andrew Liszewski/Gizmodo, Apple
Imagem: Andrew Liszewski/Gizmodo, Apple

Antes de começar a fabricar aparelhos em um alumínio fosco, a Apple apostava em MacBooks com acabamento preto que, ao que parece, têm sido um desafio para serem reintroduzidos no mercado. Mas uma nova patente sugere que a companhia descobriu uma maneira de dar aos seus MacBooks mais recentes esse mesmo acabamento mais escuro usando uma técnica inteligente que intercepta e evita que a luz reflita em sua superfície.

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Se você está de olho em um MacBook, então deve saber que a opção mais escura disponível atualmente é a Space Grey da Apple – que é de fato mais escura, porém está longe de ser preta. A questão é que, para aplicar um acabamento colorido a um dispositivo feito de alumínio, sua superfície precisa passar por um processo de anodização para fornecer uma superfície mais adesiva, e assim os pigmentos conseguem se aderir à carcaça.

É exatamente isso o que sugere a patente recém descoberta: os metais anodizados ficam com um acabamento brilhante, e por causa de toda a luz que refletem, uma pintura preta acaba parecendo cinza escuro.

No entanto, existe uma maneira de criar um acabamento fosco preto sem falhas em quase todos os objetos, conforme descoberto por uma empresa britânica chamada Surrey NanoSystems. Sua tinta Vantablack é feita de nanotubos de carbono microscópicos que são capazes de prender e absorver mais de 99,97% da luz visível, fazendo com que o acabamento pareça tão escuro que é completamente invisível ao olho humano.

O problema para a Apple é que, em 2016, o artista Anish Kapoor garantiu os direitos exclusivos de uso do Vantablack, o que significa que a empresa não pode usá-lo em seus MacBooks. No entanto, o que Anish Kapoor não possui exclusivamente é a ciência de como o Vantablack funciona, e essa abertura pode ser o trunfo de engenheiros e pesquisadores da Apple.

O processo funciona da seguinte maneira: primeiro, anodizar a superfície de um substrato de metal (a tampa de alumínio de um MacBook, por exemplo); depois, infundir partículas coloridas nos poros microscópicos da camada de óxido de metal resultante; e por último, aplicar uma camada final de materiais responsáveis pela absorção de luz. Com isso, a refletividade da superfície do metal promete ser reduzida a níveis significativos.

O procedimento descrito na patente poderia facilitar a criação de uma nova tonalidade para aparelhos da Apple. Ilustração: USPTO.report

Um exemplo dessa etapa final descrita na patente envolve a gravação de uma série de picos irregulares, variando em altura por meros dois micrômetros, que fazem com que a luz fique presa e reflita em direções aleatórias para criar uma reflexão mais opaca ao olho humano.

Sem um toque brilhante, os pigmentos coloridos embutidos, como o preto, teriam uma aparência mais acentuada, de modo que a Apple não ficaria mais limitada ao cinza espacial como única opção de tonalidade mais escura. Talvez o acabamento escuro não tenha uma aparência ligeiramente dramática quanto o Vantablack, que é tão preto que esconde todas as características físicas de um objeto. No entanto, é provável que a Apple não queira chegar a esse objetivo, dado o quanto gosta de promover suas proezas de design e deixar os recursos físicos de seus dispositivos se destacarem.

No final das contas, tudo seria mais uma abordagem intermediária que empresta algumas das técnicas do Vantablack, para que futuros iPhones e MacBooks retenham a resistência e durabilidade de suas armações de alumínio, mas possam oferecer opções de cores mais vivas, como eram os iMacs coloridos do passado.

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