Ferramenta de edição genética foi aprovada pela primeira vez para uso em humanos
A ferramenta poderosa de edição genética que pode abrir caminho para a engenharia genética foi aprovada pela primeira vez para uso humano no combate ao câncer.
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Cientistas vão usar a ferramenta chamada CRISPR cas-9 para modificar células do sistema imunológico. Desta forma, quando forem reintroduzidas no paciente, as células vão atacar as células cancerígenas responsáveis por mieloma, melanoma e sarcoma.
É bom ressaltar que esse experimento, proposto por cientistas da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, é somático, o que significa que não consegue criar mudanças que podem ser passadas adiante para futuras gerações.
Ainda assim, a aprovação é um passo importante em direção a um debate bioético sobre o CRISPR e seus usos em potencial. Muitos dizem que a tecnologia nos possibilitará projetar bebês, e muito se debate os prós e contras de sermos capazes de projetar geneticamente nossas crianças.
É improvável que órgãos reguladores dos EUA permitam o uso amplo do CRISPR, mas nada impede que outros países o façam e para fins menos escrupulosos – pode ser até que certas partes do mundo usem isso para criar uma geração de crianças super inteligentes, o que não é um temor infundado considerando que cientistas chineses já editaram o genoma humano de um embrião, criando mudanças que podem ser herdadas por gerações futuras, mesmo que os embriões usados não fossem viáveis.
Então o CRISPR está em um campo minado ético e as preocupações não são tão infundadas como pode parecer em um primeiro momento. Mas, por enquanto, nenhuma mudança genética aconteceu e a aprovação vale só para o tratamento do câncer, o que pode ser algo realmente muito bom.
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Imagem: Instituto McGovern de Pesquisa Cerebral/MIT