Arqueólogos descobriram uma tumba egípcia de 4 mil anos que pertence à filha de um governador do período conhecido como Império Médio do Egito, de 2050 a.C. e 1710 a.C.
Idi, a filha do governador, foi enterrada em dois caixões, de acordo com o Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito. Em uma publicação no Facebook, no último dia 2, o órgão revelou que um caixão estava dentro do outro.
Os arqueólogos descobriram a tumba egípcia em uma escavação na antiga cidade de Assiute, que fica entre Cairo e Luxor, no Vale do Nilo. Segundo os arqueólogos, a tumba de Idi estava próxima à tumba de seu pai, Djefaihapi, governador da região egípcia durante o reinado de Sesóstris I.
Tumba pode revelar segredos da sociedade egípcia do Império Médio
A tumba de Djefaihapi, aliás, é a maior tumba construída durante o Império Médio para pessoas que não pertenciam à realeza, destacando a importância política do governador no período.
Os arqueólogos encontraram a tumba da moça egípcia a cerca de 15 metros abaixo do solo, contendo indícios de pilhagem por ladrões, que roubavam tumbas na Antiguidade.
No entanto, a tumba ainda continha os dois caixões de Idi, decorados com pinturas internas e externas. Os caixões medem cerca de 2,5 metros.
Com base em análises do esqueleto de Idi, cientistas acreditam que ela morreu antes dos 40 anos. Além disso, ela tinha uma doença congênita em um dos pés.
Além da tumba, os arqueólogos encontraram vasos canópicos – itens onde que armazenam os órgãos internos de múmias – e duas estátuas de madeira. Uma das estátuas representa Idi.
Infelizmente, segundo os arqueólogos, os itens foram violados pelos ladrões, que desmembraram a múmia e quebraram os vasos canópicos.
Mesmo assim, os arqueólogos vão realizar mais escavações na antiga tumba egípcia. A intenção, de acordo com o ministério, é obter mais informações sobre Idi e seu pai, o que pode ser útil para o estudo desse período histórico do Egito.