Arqueólogos encontram cemitério medieval com 138 sepulturas na Inglaterra

O cemitério, revelado durante obras da linha ferroviária HS2, está sendo considerado um dos maiores já encontrados no Reino Unido; veja fotos
Cemitério medieval
Imagem: HS2/Reprodução

A High Speed 2 (HS2) é uma linha ferroviária em construção no Reino Unido. Quando a primeira fase de suas obras for concluída, os cidadãos britânicos poderão percorrer de Londres até West Midlands de trem

Enquanto as estações não ficam prontas, arqueólogos que trabalham junto a empresa idealizadora do projeto vão fazendo suas descobertas. A mais recente envolve um dos maiores cemitérios medievais da Inglaterra, que data entre os séculos 5 e 6. 

Arqueólogos encontraram em Wendover, Buckinghamshire, 138 sepulturas. Ao que parece, 141 mortos foram enterrados no local, enquanto outros cinco passaram pelo processo de cremação. 

Artefatos e objetos pessoais encontrados no cemitério levaram os cientistas a concluir que pessoas da alta sociedade foram enterradas ali. Ao lado de um esqueleto do sexo feminino, por exemplo, foram encontradas peças de marfim, joias e até mesmo uma tigela de vidro verde ornamentada. 

Cemitério medieval

Tigela de vidro encontrada em cemitério medieval. Imagem: HS2/Reprodução

Os pesquisadores também desenterraram no local taças de vidro similares àquelas fabricadas no norte da França na época. A sugestão é que os objetos tenham sido utilizados para beber vinho importado. Itens de higiene pessoal, acessórios, facas e pontas de lança também foram desenterrados no cemitério medieval.

Alguns dos esqueletos trazem indícios de como a pessoa morreu. Um deles, pertencente a um homem entre 17 e 24 anos, contava com um objeto de ferro preso em suas vértebras. Os pesquisadores sugerem que a arma foi enfiada em seu corpo pela frente, encaixando-se em sua coluna e levando a vítima a óbito. 

Cemitério medieval

Broches encontrados em esqueleto da Idade Média. Imagem: HS2/Reprodução

Arqueólogos identificaram nesse mesmo esqueleto uma mancha azul na clavícula, que parece ser resultado de um broche utilizado no passado para segurar sua roupa. Outros corpos também levavam broches, que provavelmente seguraram capas ou peplos (túnicas femininas) no passado.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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